É “natural” que nova ligação ferroviária a Espanha esteja aberta a passageiros, diz Pedro Marques

  • ECO
  • 21 Fevereiro 2018

Pedro Marques explica que ligação está a ser feita sobretudo com uma orientação estratégica para reforço do transporte de mercadorias, mas considera "natural" que passem comboios de passageiros.

Foram as declarações da comissária europeia Violeta Bulc, sobre a ligação de alta-velocidade entre Sines e Madrid, um puxão de orelhas a Portugal? O ministro do Planeamento e das Infraestruturas admite que sim e defende-se com o argumento de que o “país às vezes demora demasiado tempo a consensualizar e executar investimentos”. Em entrevista ao Público (acesso condicionado), Pedro Marques adianta ainda que, embora esteja previsto que a linha ferroviária referida seja sobretudo para mercadorias, “não fica barrada a que lá passem comboios de passageiros”.

“É feita sobretudo com uma orientação estratégica para o reforço do transporte de mercadorias, mas não fica, digamos assim, ocupada o dia inteiro”, sublinha o governante. Segundo o ministro, é mesmo “natural” que passem também comboios de passageiros nessa linha. “Há que olhar globalmente para a procura do modo ferroviário e de transporte de passageiros e há que a tornar competitiva com recursos que os países e a Europa possam realizar”, acrescenta também o mesmo membro do Executivo.

Pedro Marques conta que, quando chegou ao Governo, deparou-se com a inexistência de qualquer projeto relativo ao investimento numa nova ligação ferroviária a Espanha. Mais, a declaração de impacto ambiental estava prestes a caducar (o que aconteceu no primeiro semestre de 2016). “Tivemos de fazer todo esse trabalho outra vez”, enfatiza. Agora, avança o governante, o concurso vai para o terreno e esse investimento vai ser finalmente “uma realidade”.

Novo aeroporto encaminhado

O próximo passo no projeto de construção do novo aeroporto no Montijo é a realização de um estudo do impacto ambiental, informa Pedro Marques. “Vamos receber o estudo de impacto ambiental no primeiro trimestre, entregue pela ANA que ficou de o realizar“, anuncia o governante.

Enquanto a análise não é entregue, o Executivo espera adiantar o “essencial da negociação” ainda nos primeiros seis meses deste ano. “Estamos a fazê-lo ao mesmo tempo que aguardamos a entrega do estudo de impacto ambiental mas temos a perspetiva dos investimentos no aeroporto Humberto Delgado e no aeroporto complementar do Montijo até 2021“, assinala.

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