Maiores bancos da Grécia passam os testes de stress do BCE

  • Lusa
  • 5 Maio 2018

Banco Nacional da Grécia, Piraeus, Alpha e Eurobank Ergasias passaram no cenário mais adverso. Quase 20 mil milhões de euros que estavam salvaguardados vão poder ser usados para outros propósitos.

Os maiores bancos da Grécia resistiram aos testes de stress do Banco Central Europeu (BCE), aliviando as preocupações dos líderes europeus nas vésperas da saída do país do programa de assistência financeira, em agosto, noticia a Bloomberg.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o Banco Nacional da Grécia e os bancos Piraeus, Alpha e Eurobank Ergasias passaram os testes de cenário adverso, que os colocava perante uma nova recessão económica e um colapso nos preços imobiliários.

Os resultados significam que quase 20 mil milhões de euros de fundos que estavam salvaguardados vão agora poder ser usados para outros propósitos, explica a agência de informação, citando o BCE.

Entre os principais desafios da banca grega está o facto de terem o maior nível de crédito malparado, que chega quase aos 50% do crédito total concedido.

Os bancos gregos foram fortemente penalizados durante os últimos anos, chegando mesmo a fechar por três semanas em 2015 durante um braço de ferro entre o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e os credores, que muitos chegaram a temer que originasse um colapso financeiro no país.

Os bancos reabriram depois de Tsipras ter concordado com o terceiro resgate financeiro e, menos de três anos depois, a economia iniciou um novo ciclo de crescimento, com Bruxelas a estimar uma subida do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% em 2017, acelerando para 1,9% em 2018 e 2,3% em 2019.

Nas previsões da primavera da Comissão Europeia, divulgadas na quinta-feira, Bruxelas sinaliza que o crescimento do PIB superou os 1% pela primeira vez desde 2007.

“A recuperação económica deverá acelerar, assumindo uma conclusão bem-sucedida do programa de apoio à estabilidade”, refere Bruxelas no documento.

Segundo as previsões, o desemprego deverá cair para níveis abaixo de 20% em 2019 (18,4%) – pela primeira vez desde 2011 -, depois dos 21,5% estimados para 2017 e dos 20,1% para 2018.

“Tendo alcançado um excedente primário em 2017, pelo segundo ano consecutivo, a Grécia está a caminho de alcançar os 3,5% do alvo de superávite primário de PIB definidos para 2018 e 2019”, indica.

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