Revista de imprensa internacional
Com as eleições brasileiras cada vez mais próximas, o PT ainda não desistiu de Lula. Pela Europa, Pedro Sánchez admite um referendo na Catalunha e Itália tenta responder a eleitores e mercados.
No arranque desta semana, duas notícias relevantes vindas de Espanha: o planos de Pedro Sánchez deverão levar a um montante recorde de receitas fiscais no próximo ano; o presidente do Governo espanhol faz manchetes também por admitir a realização de um referendo para decidir sobre um “autogoverno” na Catalunha. Ainda na Europa, o Governo italiano sai-se com posições contraditórias, ao garantir que os italianos vêm primeiro do que as agências de rating na lista de prioridades, ao mesmo tempo que tenta acalmar os investidores. No Brasil, o PT não desiste de Lula e estuda ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a candidatura do antigo Presidente. Nos Estados Unidos, Donald Trump tenta convencer o Congresso de que o Canadá não é necessário para o novo acordo comercial da região da América do Norte.
Bloomberg
“Italianos estão primeiro”, garante Governo. Mas orçamento vai acalmar investidores
Foi um fim de semana para agradar a gregos e troianos em Itália. Depois de a Fitch ter cortado o outlook da dívida italiana para “negativo”, manifestando preocupação com a “natureza nova e não testada” do atual Governo e com as suas promessas de aumento da despesa, o vice-primeiro-ministro italiano deixou uma resposta clara à agência de notação financeira. “Não podemos pensar em ouvir as agências de rating e em acalmar os mercados para dar uma facada nas costas dos italianos. Vamos sempre escolher os italianos primeiro”, assegurou Luigi Di Maio, sublinhando que o rendimento mínimo universal é para avançar em 2019. Ao mesmo tempo, o ministro da Economia, Giovanni Tria, tentou acalmar os mercados, garantindo que o Orçamento que será apresentado nas próximas semanas vai agradar aos investidores. “A estabilidade orçamental vai ser respeitada”, frisou.
Leia as notícias completas na Bloomberg e na Reuters (acessos gratuitos / conteúdo em inglês).
Cinco Días
Espanha prepara-se para arrecadar receitas fiscais recorde. E abre a porta a referendo na Catalunha
Espanha prepara-se para arrecadar montantes recorde de receitas fiscais. Depois dos 193.951 milhões registados no ano passado, deverá ultrapassar os 200 mil milhões este ano, igualando o recorde alcançado em 2007. Em 2019, os valores serão ainda superiores poderão tocar um novo máximo histórico, se Pedro Sánchez conseguir levar adiantes os seus planos. O Governo espanhol pretende introduzir um novo imposto sobre a banca, através do qual arrecadará mil milhões por ano, uma taxa sobre as empresas tecnológicas (mais 1.500 milhões) e um aumento dos impostos ambientais e dos impostos sobre as empresas. Ainda em Espanha, o El Mundo escreve que Pedro Sánchez é favorável à realização de um referendo sobre um autogoverno na Catalunha. “Queremos dialogar e resolver uma crise política. O resultado final tem de ser uma votação”, disse, ressalvando que o referendo deve ser sobre um autogoverno catalão e não sobre a independência desta região autónoma.
Leia as notícias completas no Cinco Días e no El Mundo (acesso gratuito / conteúdo em castelhano).
Reuters
Canadá não é necessário para novo NAFTA, diz Trump
As negociações entre os Estados Unidos e o Canadá chegaram ao fim na sexta-feira sem que os dois países chegassem a um entendimento para estabelecerem um novo acordo comercial para a região da América do Norte. Mas os Estados Unidos conseguiram chegar a acordo com o México e isso, diz Donald Trump, é suficiente. O Presidente norte-americano avisa mesmo o Congresso de que não deverá interferir, ou nem sequer com o México haverá acordo. “Não há necessidade política de manter o Canadá no novo NAFTA [sigla em inglês para Tratado de Livre Comércio da América do Norte]. Se não chegarmos a um acordo justo para os Estados Unidos, depois de décadas de abuso, o Canadá fica de fora”, escreveu Trump na sua conta de Twitter. E acrescentou: “O Congresso não deve interferir com estas negociações ou vou simplesmente acabar com o NAFTA por completo e ficaremos muito melhor”. O acordo com o México deverá ser assinado no prazo de 90 dias.
Leia a notícia completa na Reuters (acesso gratuito / conteúdo em inglês).
Folha de S. Paulo
PT admite recorrer ao STF para avançar com candidatura de Lula
A um mês das eleições legislativas no Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) não desiste de Lula da Silva e admite recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou a candidatura do antigo presidente, preso desde abril e condenado a cumprir uma pena de prisão de 12 anos e um mês. A hipótese está a ser estudada com base na posição da Organização das Nações Unidas (ONU), que considerou que Lula deve poder ser candidato até ao fim dos recursos contra a sua condenação na Operação Lava Jato. Contudo, o PT ainda não tomou a decisão e deixa a palavra final ao próprio Lula, permitindo que o antigo presidente decida se a candidatura do partido deve ser assumida pelo candidato a vice-presidente, Fernando Haddad.
Leia a notícia completa no Folha de S. Paulo (acesso gratuito).
The New York Times
Empresas queixam-se de limites à imigração impostos por Trump
A atuação do governo de Donald Trump no que toca a imigração está a preocupar o setor empresarial dos Estados Unidos. O governo tem bloqueado a atribuição de vistos, obrigando os candidatos a fornecerem mais informação e atrasando as aprovações mais vezes do que acontecia no passado. Empresas que vão desde hospitais a hotéis, passando por tecnológicas, queixam-se de não conseguirem preencher postos de trabalho com trabalhadores estrangeiros. Sem a possibilidade fazerem estas contratações, os trabalhadores veem-se com maior carga laboral e as empresas começam mesmo a rejeitar alguns clientes ou a prestar menos serviços.
Leia a notícia completa no The New York Times (acesso gratuito / conteúdo em inglês).
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