Tecnologia sob pressão. Dow Jones escapa à maré vermelha

O índice tecnológico Nasdaq fechou o dia com perdas superiores a 1%, numa sessão em que só o industrial Dow Jones escapou à maré vermelha que se alastrou da Ásia à Europa.

O setor tecnológico norte-americano sofreu perdas expressivas em bolsa esta quarta-feira, numa sessão marcada pela audição no Congresso de altos responsáveis do Facebook e do Twitter. As atenções estiveram voltadas para o índice Nasdaq, que registou uma queda superior a 1%.

Num dia em que o índice de referência S&P 500 recuou 0,29% para 2.888,31 pontos, o industrial Dow Jones conseguiu escapar à maré vermelha que se registou um pouco por todo o mundo — desde a América à Ásia, passando pela Europa –, fechando a sessão com ganhos ligeiros de 0,07%, a cotar nos 25.971,22 pontos.

Mas foi o tecnológico Nasdaq que acabou por fechar com o pior desempenho, tendo caído 1,2% para 7.994,34 pontos. A pressionar o índice estiveram, sobretudo, as quedas das ações do Netflix e do Twitter. O serviço de streaming de conteúdos derrapou 6,24% para 340,91 dólares, enquanto a rede social do pássaro azul recuou 5,99% na bolsa, com os títulos a valerem 32,75 dólares.

Entre outras coisas, Jack Dorsey, presidente executivo e cofundador do Twitter, foi questionado sobre a forma como a rede social lida com as contas automáticas (os bots), muitas vezes associadas às campanhas de desinformação que motivaram esta sessão no Congresso: as autoridades norte-americanas terão indícios de que agentes russos têm usado as redes sociais para manipular as eleições.

Do lado do Facebook, Sheryl Sandberg, administradora operacional da empresa, foi confrontada com a forma como potenciais agentes mal-intencionados podem usar as ferramentas da rede social para levarem a cabo campanhas massivas com base nos gostos e interesses dos utilizadores.

Simultaneamente, as negociações foram pressionadas por receios em torno da possível escalada das tensões comerciais com a China, na véspera de terminar o prazo para Donald Trump avançar com o pacote de tarifas de 200 mil milhões de dólares sobre as importações daquele país.

Receios renovados em torno das economias emergentes também penalizaram as bolsas. O valor do peso argentino continuou a cair esta quarta-feira, numa altura em que as autoridades argentinas tentam negociar um novo acordo de resgate com o FMI. O ambiente também é de crise na Venezuela, que voltou a assistir a mais uma queda nos preços do petróleo. O preço do barril em Nova Iorque caiu 1,46% para 68,85 dólares.

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