Vawlt: spin-off da FCUL quer armazenar os seus dados
Resultado de mais de 10 anos de investigação, a startup usa serviços de armazenamento em cloud pública de operadores como a Amazon, Microsoft, ou Google.
Uma equipa composta por um professor e dois investigadores portugueses lançou esta segunda-feira a primeira versão do “serviço mais seguro e privado de armazenamento de dados na cloud” no mercado. O sistema é o resultado de mais de 10 anos de investigação.
Apelidada de Vawlt, esta “spin-off” sai da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), onde começou e também onde trabalham ainda os fundadores. A ideia surgiu de um projeto académico, das teses de mestrado de dois alunos, que se juntaram a um professor para criar o sistema. E é, agora, uma startup que está a finalizar o processo de angariação do primeiro investimento.
O Vawlt é uma “solução de armazenamento hiper privada e hiper disponível”, descreve Ricardo Mendes, um dos cofundadores e antigo aluno que é agora investigador na FCUL, ao ECO. A particularidade do sistema está em armazenar em múltiplas clouds, a partir de serviços de armazenamento públicos de operadores como a Amazon, Microsoft, ou Google. Os dados dos clientes são encriptados ainda nos próprios computadores, e sem nunca passarem pelos servidores do Vawlt, são distribuídos parcialmente pelos serviços.
“Mesmo que a cloud pública tenha um problema, os dados continuam disponíveis, e, como são são serverless no que diz respeito aos dados armazenados, se o servidor estiver em baixo os dados não são comprometidos”, explica o cofundador. “É a tecnologia mais avançada disponível neste mercado”, afirma Ricardo Mendes.
A quem se destina? “Toda a gente armazena dados”, relembra Ricardo, e esta primeira versão é mais virada para clientes individuais ou PMEs. Mas um dos objetivos do Vawlt é “oferecer as suas capacidades a qualquer empresa, seja ela grande ou pequena”, revela Ricardo Mendes. O cofundador deixa a garantia de que o sistema ainda “vai ser muito mais do que isto”.
Este é o primeiro teste de mercado, e o próximo passo para a equipa é a adaptação ao que as pessoas realmente procuram, conforme a resposta dos utilizadores. Em termos técnicos, vão continuar a avançar. O Vawlt “irá ser na realidade, uma coisa totalmente expansível, com tamanho infinito, que as pessoas podem costumizar a sua maneira”, aponta Ricardo Mendes.
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