Guaidó defende “relação produtiva e de benefício mútuo” com China
"O apoio da China será muito importante na altura de impulsionar a economia e o desenvolvimento futuro" da Venezuela, afirmou Juan Guaidó.
O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, revelou a aposta numa “relação produtiva e de benefício mútuo” com a China, em entrevista ao diário chinês South China Morning Post, publicada este sábado.
Juan Guaidó considerou que “o apoio da China será muito importante na altura de impulsionar a economia e o desenvolvimento futuro” da Venezuela, que, de acordo com o diário de Hong Kong, recebeu um empréstimo da China de cerca de 50 milhões de dólares (43,6 milhões de euros). O pagamento deste empréstimo concedido ao Governo de Nicolás Maduro preocupa Pequim, dadas as circunstâncias atuais da Venezuela.
O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, e autoproclamado Presidente interino, afirmou ao jornal que “todos os acordos que foram assumidos com a China em conformidade com a lei serão respeitados”, ainda que tenha notado que será assim com “os acordos prévios que foram firmados seguindo o curso correto de aprovação da Assembleia Nacional”.
Guaidó lembrou que “China presenciou o saque dos recursos estatais por parte do Governo de Maduro”, acrescentando que “os projetos de desenvolvimento na Venezuela foram igualmente afetados e estão a falhar por causa da corrupção governamental”. Ainda em relação à China, Guaidó afirmou que a potência asiática “joga um papel importante pelas suas capacidades e flexibilidade como parceiro comercial”.
A China manifestou apoio ao Presidente da Venezuela Nicolás Maduro, e censurou a “intromissão nos assuntos internos” do país sul-americano por parte dos Estados Unidos e da União Europeia. No dia 23 de janeiro, Juan Guaidó autoproclamou-se Presidente interino da Venezuela perante uma multidão de opositores de Nicolás Maduro, prometendo um “governo de transição” e “eleições livres”.
Após eleições, em que estiveram ausentes as principais forças da oposição, Maduro foi investido, em 10 de janeiro, para um segundo mandato como chefe de Estado e de Governo, cuja legitimidade não foi reconhecida por grande parte da comunidade internacional.
Neste cenário, a Venezuela enfrenta uma crise política que já levou vários países europeus, incluindo Portugal, a lançarem um ultimato ao Presidente Nicolás Maduro, para anunciar a convocação de eleições presidenciais, e que se esgota domingo. A esta crise política soma-se uma grave crise económica e social, que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na Venezuela, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Guaidó defende “relação produtiva e de benefício mútuo” com China
{{ noCommentsLabel }}