Trump exige a Pequim “mudanças estruturais” nas práticas comerciais

"Estamos a trabalhar num novo acordo comercial com a China", disse Trump, exigindo "mudanças estruturais" a Pequim nas práticas comerciais.

O Presidente dos Estados Unidos advertiu a China para não “roubar mais empregos e riqueza aos norte-americanos” e exigiu “mudanças estruturais” a Pequim nas práticas comerciais.

“Tenho grande respeito pelo Presidente [chinês] Xi [Jinping] e estamos a trabalhar num novo acordo comercial com a China”, afirmou Donald Trump, na terça-feira, durante o discurso do Estado da União.

A China “deve incluir mudanças estruturais reais para acabar com práticas comerciais desleais, reduzir o nosso défice crónico e proteger os empregos norte-americanos”, sublinhou.

No início de dezembro, os Presidentes dos Estados Unidos e da China concordaram numa trégua de 90 dias, para tentar chegar a um acordo.

Os Governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.

Caso as negociações falhem, Trump prometeu avançar com mais taxas alfandegárias, perspetiva que enerva os mercados financeiros, perante a possibilidade de um abalo nas cadeias globais de produção.

Inicialmente previsto para 22 de janeiro passado, o discurso do Estado da União foi adiado, depois de a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, se ter recusado a receber a visita de Trump por considerar que o ‘shutdown’ [paralisação da administração norte-americana] e que afeta os serviços secretos norte-americanos, não garantia as condições de segurança necessárias durante a visita.

O discurso do Estado da União decorre da obrigação que a Constituição dos EUA impõe ao Presidente para que preste “regularmente ao Congresso informações sobre o Estado da União”.

Acabar com a SIDA, cancro infantil e reduzir preço dos medicamentos

No discurso do Estado da União, Trump assumiu o objetivo de acabar com a “epidemia do VIH” no país, dentro de uma década. “Juntos, vamos acabar com VIH [vírus da imunodeficiência humana] nos Estados Unidos e no mundo”, disse o presidente norte-americano.

“Os avanços científicos trouxeram o que antes era apenas um sonho distante. A minha proposta de orçamento [para o próximo ano fiscal] pede aos democratas e republicanos que façam o compromisso necessário para eliminar a epidemia de VIH [dentro de 10 anos]”, avançou.

Perante os legisladores, o Presidente norte-americano pediu ainda união na “luta contra o cancro infantil”.

“Muitos dos cancros infantis estão sem novas terapias há décadas (…) a minha proposta de orçamento vai pedir ao Congresso 500 milhões de dólares na próxima década para financiar essa pesquisa crucial”, sublinhou.

Em relação aos produtos farmacêuticos, Trump afirmou que a “próxima grande prioridade” será reduzir os preços dos medicamentos prescritos, apelando ao Congresso para que aprove uma lei nesse sentido.

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