Deloitte vai ter novo presidente em Portugal

António Lagartixo vai ser o novo presidente da Deloitte em Portugal, substituindo o histórico Luís Magalhães.

A Deloitte vai ter um novo presidente já em maio. O histórico Luís Magalhães vai dar lugar a um nome que será, para alguns, uma surpresa: António Lagartixo. O gestor é partner na Deloitte Portugal & Angola, e faz já parte do seu comité executivo. Agora, é o responsável pela coordenação global da Business Unit que engloba todos os serviços prestados aos clientes das indústrias de ‘Products, Services, Utilities and Resources’.

A nomeação de António Lagartixo já está decidida há meses, e foi revelada no ECO Insider, a newsletter semanal reservada a subscritores, que é publicada à sexta-feira às 15h30. O gestor começou na antiga Arthur Andersen, passou pela Deloitte e pela GSM Consulting. Em 2010, assumiu a direção geral da Maksen em Portugal, e regressou à Deloitte em junho de 2015.

António Lagartixo

António Lagartixo vai ter já um tema sensível para gerir: a Deloitte foi a auditora da Caixa Geral de Depósitos durante o período de 2000 a 2015. E agora, a CMVM está avaliar se a Deloitte fez o seu trabalho de acordo com as regras que estavam então em vigor (agora são diferentes, leia-se mais exigentes). Aliás, à data, nem era a CMVM que tinha a responsabilidade de supervisionar as auditoras. Houve um momento em que as auditoras não respondiam a nenhum tipo de supervisão e, depois, passou a ser o Conselho Nacional de Supervisores a fazê-lo. Desde o início de 2016, a CMVM ficou como a entidade responsável por essa função.

Neste momento, questiona-se o papel da Deloitte na CGD ao longo dos anos em que, sabe-se agora com o relatório da EY, foram realizadas operações com inúmeras falhas nas regras, desde a ausência de garantias à aprovação de créditos e posterior reestruturação que resultaram em perdas de mais de 1600 milhões de euros. Uma fonte contactada pelo ECO admite que é surpreendente não haver ênfases ou reservas às contas da CGD no período entre 2000 e 2015. “Não deixa de ser surpreendente. Não é uma questão de números, tudo indica que as perdas estão registadas nas contas, mas não há uma reserva, uma ênfase às contas”, afirma.

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