Problemas na Boeing complicam negociações entre China e Estados Unidos

O aumento no valor das compras dos chineses aos EUA é um dos pontos essenciais nas negociações comerciais, que será mais difícil de concretizar com a crise na Boeing, uma das principais exportadoras.

A Boeing é uma das principais empresas norte-americanas que exporta para a China, e pode agora tornar-se uma pedra no sapato dos chineses nas negociações comerciais com os Estados Unidos. Os receios em torno da segurança dos aviões do modelo 737 Max 8 da Boeing, envolvido em mais do que um acidente nos últimos meses, levou a que vários países suspendessem os voos desta aeronave.

As maiores encomendas para o estrangeiro do Boeing 737 Max são de empresas e companhias aéreas chinesas, afigurando-se como uma fatia substancial do comércio entre a China e os Estados Unidos. Com esta peça em causa, será mais difícil para Pequim apresentar um grande aumento ao valor dos bens que compra aos Estados Unidos nas negociações, escreve o Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

A Boeing já suspendeu as entregas do 737 Max, que representa cerca de 80% das encomendas por entregar da empresa norte-americana. A China foi um dos primeiros países a tomar ação, com as autoridades chinesas a proibirem as companhias aéreas domésticas de voarem com a mais recente aeronave da gama 737 da fabricante norte-americana.

A oferta de um acréscimo às exportações dos Estados Unidos é uma das cartas com que jogam os negociadores chineses, que estão agora sob ainda mais pressão para garantir o acordo. Donald Trump já adiantou que não vai assinar um acordo comercial com a China sem um “bom negócio”, e as dificuldades da Boeing poderão ser um obstáculo.

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