Sonae lucra 222 milhões. Aumenta dividendos em 5%
No último ano sob o comando de Paulo Azevedo, a dona do Continente apresentou um crescimento de 33% nos lucros. O dividendo cresce 5%.
A Sonae lucrou mais. A holding ainda co-liderada por Paulo Azevedo apresentou um crescimento de 33% nos resultados líquidos, num ano que ficou marcado por uma série de operações que geraram ganhos de capital. Com as vendas a ascenderem a quase seis mil milhões de euros, a rentabilidade da empresa registou uma melhoria que também puxou pelos lucros, permitindo um aumento da remuneração aos acionistas.
“Em 2018, os negócios da Sonae continuaram a apresentar um forte desempenho de vendas e de rentabilidade. O volume de negócios aumentou 8,1% em termos homólogos para cerca de 6 mil milhões de euros. Este desempenho beneficiou da contribuição dos negócios de retalho da Sonae, nomeadamente do desempenho like-for-like e da expansão da rede de lojas”, refere Ângelo Paupério, que lidera, juntamente com Paulo Azevedo, a Sonae.
Ao mesmo tempo que o volume de negócios acelerou, “o EBITDA subjacente da Sonae cresceu 8,4% para 372 milhões”, sendo que para este contribuíram, além do desempenho operacional, os “ganhos de capital, quer da venda de ativos da Sonae Sierra, quer das operações de sale and leaseback de ativos da Sonae RP, e ainda pelo impacto positivo da joint-venture com a JD/Sprinter“.
Estes efeitos permitiram um crescimento do “resultado líquido atribuível a acionistas que ultrapassou os 220 milhões de euros, face a 166 milhões no ano anterior”, salienta Ângelo Paupério, que tal como Paulo Azevedo, se prepara para abandonar a liderança executiva da Sonae. Cláudia Azevedo vai assumir o cargo de CEO.
“Esta intensa atividade coincidiu com o último ano de mandato do atual Conselho de Administração que integrei enquanto Co-CEO e contribuiu para que a transferência de responsabilidades que agora ocorre se processe com redobrado conforto e confiança, na certeza de que a nossa empresa está preparada para os novos desafios e na profunda convicção e sincero desejo que a nova equipa executiva liderada pela Cláudia Azevedo continue a potenciar o sucesso deste projeto único e que tanto nos une que é a Sonae“, diz.
Mais lucros, mais dividendos
Perante o crescimento dos lucros, e depois de um ano em que o investimento ascendeu a 702 milhões de euros por causa da aquisição de 20% da Sonae Sierra, a Sonae vai propor um crescimento do dividendo por ação a entregar aos investidores. Apesar de os lucros aumentarem 33%, o valor do dividendo vai subir 5%.
“Considerando o resultado líquido obtido em 2018, o Conselho de Administração irá propor em assembleia geral de acionistas, o pagamento de um dividendo bruto de 0,0441 euros por ação, 5% acima do dividendo distribuído no ano anterior”.
A Sonae nota que “este dividendo corresponde a um dividend yield de 5,4% relativamente à cotação de fecho do dia 31 de dezembro de 2018 (que se fixou em 81 cêntimos)”. À luz dos resultados alcançados, esta remuneração acionista que a holding pretende pagar representa um payout de 42%.
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