Margrethe Vestager é candidata à presidência da Comissão Europeia

  • Lusa
  • 22 Março 2019

Os restantes candidatos de 'Equipa Europa' dos liberais são todos cabeças de lista dos seus respetivos partidos às eleições europeias. O escolhido no final de maio irá suceder a Juncker.

A comissária europeia para a Concorrência, a dinamarquesa Margrethe Vestager, foi confirmada esta quinta-feira como um dos sete candidatos do Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE) à sucessão de Jean-Claude Juncker na presidência da Comissão Europeia.

O nome de Margrethe Vestager, apelidada de “senhora dos impostos” pelo presidente norte-americano, Donald Trump, é o mais forte de uma lista na qual se destacam também o antigo primeiro-ministro belga, líder do ALDE no Parlamento Europeu e coordenador da assembleia europeia para o ‘Brexit’, Guy Verhofstadt, a comissária europeia dos Transportes, a eslovena Violeta Bulc, e a antiga comissária europeia e ministra italiana dos Negócios Estrangeiros, Emma Bonino.

Os restantes candidatos de ‘Equipa Europa’ dos liberais são todos cabeças de lista dos seus respetivos partidos às eleições europeias: o espanhol Luís Garicano, do Cidadãos, a alemã Nicola Beer, secretária-geral do Partido Democrata Liberal, e a húngara Katalin Cseh, fundadora do partido Momentum.

De fora desta lista ficou, naquela que pode ser considerada a maior surpresa, a comissária europeia da Justiça, Vera Jourová, que era apontada na ‘bolha’ de Bruxelas como uma hipotética ‘pretendente’ à presidência da Comissão Europeia.

O anúncio oficial dos sete candidatos dos liberais europeus à corrida à presidência do executivo comunitário acontece meses depois de os dois maiores grupos políticos no Parlamento Europeu, Partido Popular Europeu (PPE) e Partido Socialista Europeu, terem apontado os seus spitzenkandidat, respetivamente o alemão Manfred Weber e o holandês Frans Timmermans.

Fervorosos adeptos do processo de designação do presidente da Comissão entre os cabeças de lista indicados pelas famílias políticas europeias aquando da sua implementação por ocasião das anteriores eleições europeias, os liberais deixaram ‘cair’ este modelo, talvez numa tentativa de ‘sedução’ ao Presidente francês, claramente contra os chamados Spitzenkandidaten (termo alemão que se pode traduzir por “candidatos principais”).

Guy Verhofstadt, que foi mesmo o Spitzenkandidat dos liberais em 2014, considerou que o PPE, ao ter à partida a ‘garantia’ de que elegerá novamente o próximo presidente da Comissão, dada a sua hegemonia nas eleições a nível europeu nas duas últimas décadas, “matou” este processo de designação ao bloquear no Parlamento uma proposta de criação de listas transnacionais, a única forma através da qual os partidos de média ou pequena dimensão poderiam aspirar a alcançar postos de topo na estrutura da UE.

De acordo com as últimas projeções do Parlamento Europeu, divulgadas em 1 de março, o ALDE tornar-se-á a terceira maior força política europeia na assembleia europeia resultante das eleições que decorrem entre 23 e 26 de maio, com 75 lugares (atualmente tem 68). Fora desta contabilização estão ainda os assentos projetados (24) para La République En Marche de Emmanuel Macron, que não é membro do grupo dos liberais europeus, mas que poderá vir a juntar-se-lhes no novo Parlamento Europeu resultante das eleições de maio.

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