TAP diz que melhorou desempenho ambiental em 13,5% e vai cortar ainda mais este ano
A TAP responde às acusações da Zero com uma melhoria do desempenho ambiental, calculado em emissões de CO2 por passageiro, de 13,5% desde 2015. Este ano pretende cortar mais 4,5%.
O aumento das emissões de carbono registadas pela TAP nos últimos dois anos é justificado pela companhia aérea com “o aumento da frota da companhia” e não por culpa de um aumento das emissões por passageiro ou rota voada, indicador onde a empresa até reduziu o total de emissões em 13,5% desde 2015.
A posição da transportadora aérea surge depois da associação ZERO ter concluído que a TAP foi “a companhia aérea na Europa com o segundo maior crescimento de emissões“, partindo de dados da Comissão Europeia, publicados esta segunda-feira.
Questionada pelo ECO, fonte oficial da TAP recordou que o indicador relevante para apurar o desempenho ambiental é o de emissões de CO2 por passageiro — forma de manter a comparabilidade do nível de emissões apesar da variação no total de voos anuais –, e que neste a companhia portuguesa “melhorou 13,5%” entre 2015 e 2018. Neste mesmo período, a TAP transportou mais cinco milhões de passageiros”.
Este ano a expectativa é que o peso das emissões por passageiro melhore ainda mais. “Para 2019, a TAP estima uma melhoria de 4,5% neste indicador, fruto da entrada em operação do moderno A330-900”, revelou a empresa ao ECO. Se em 2015 a TAP reportava a emissão de 270,1 quilos de CO2 por passageiro transportado, em 2018 este valor foi de 233,7 quilos/passageiro e, para 2019, a previsão é que o total de emissões fique por 223,4 quilos/passageiro.
“A TAP tem atualmente em curso um grande programa de modernização de frota onde integrará, até 2025, 71 novas aeronaves consideravelmente mais eficientes do ponto de vista de consumo de combustível e emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. A TAP será assim uma das companhias com uma das frotas mais modernas, mais eficientes e amigas do ambiente”, lembrou a empresa.
Segundo dados avançados pela transportadora na apresentação dos resultados de 2018, os aviões da gama “Neo” da Airbus, que estão gradualmente a ser integrados na frota da empresa, consomem menos 20% de combustível.
Além das 71 novas aeronaves previstas para a modernização da frota, a TAP iniciou em 2016 um programa de renovação do interior de cabines dos aviões em operação, tendo investido em materiais mais leves, o que no caso dos A319 permitiu retirar 700 quilos ao peso da aeronave — perto de 2% do total, de acordo com contas do ECO –, “o que se traduz num aumento da eficiência energética e ambiental da frota”.
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