Catarina Martins diz que crise política é “totalmente artificial”
Catarina Martins comentou esta manhã nas redes sociais a crise política que se instalou quinta-feira,depois da aprovação da contagem do tempo de serviço para os professores.
A líder do Bloco de Esquerda considerou esta sexta-feira que a crise política que se instaurou por causa da contagem do tempo de serviço dos professores é “totalmente artificial”.
A partir das redes sociais, Catarina Martins quis deixar “quatro breves notas” sobre o tema, numa manhã que “parece marcada por tentativas de criar um ambiente de crise política”.
As notas da líder bloquista foram as seguintes:
- “O que foi aprovado ontem no parlamento limita-se a corrigir um decreto-lei do Governo que desrespeita os Orçamentos do Estado para 2018 e para 2019, que explicitamente previam a contagem integral do tempo de serviço de todas as carreiras especiais da função pública para efeitos de descongelamento (de forma faseada).”
- “A solução encontrada para os professores respeita esse faseamento, não representa qualquer acréscimo de despesa no ano em curso e respeita a autonomia negocial do próximo governo.”
- “Nos Açores, onde o PS governa com maioria absoluta, a contagem integral do tempo de serviço já está garantida. Na Madeira também está já garantida.”
- “A única despesa extraordinária e não prevista no OE 2019 com que o governo se deparou é a que decorre do pedido do Novo Banco. São mais 450 milhões de euros, que o Governo já considerou acomodáveis.”
António Costa convocou para esta manhã uma reunião extraordinária com o núcleo duro do Executivo para analisar a situação. O líder parlamentar socialista, Carlos César, admitiu em declarações ao Público a demissão do Governo.
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Pedro Filipe Soares acusa PS de ter “duas posições”
Numa conferência de imprensa na Assembleia da República (AR), o dirigente bloquista Pedro Filipe Soares acusou os socialistas de terem “duas posições” em torno desta matéria, em declarações transmitidas pela RTP.
“Quando o açoriano Carlos César acusa de irresponsável ou inconstitucional a solução alcançada na AR, curiosamente o PS Açores aplicou uma solução que não foi apelidada como tal pelo próprio PS”, afirmou, indicando que a decisão tomada em Portugal Continental “é até menos exigente do que foi aplicado” nas regiões autónomas.
“Não há nenhum motivo para a criação de um ambiente de crise política. É manifestamente artificial”, disse, alinhando com a coordenadora nacional, Catarina Martins.
Pedro Filipe Soares concluiu, afirmando que “não faz sentido o Governo estar a tomar dores de uma responsabilidade que não é sua” e que a AR só forçou a contagem integral do tempo de serviço dos professores porque o Executivo “não cumpriu o que tinha sido deliberado” anteriormente pelos partidos no Parlamento.
(Notícia atualizada às 13h03 com mais informações)
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