Catarina Martins diz que crise política é “totalmente artificial”

  • ECO
  • 3 Maio 2019

Catarina Martins comentou esta manhã nas redes sociais a crise política que se instalou quinta-feira,depois da aprovação da contagem do tempo de serviço para os professores.

A líder do Bloco de Esquerda considerou esta sexta-feira que a crise política que se instaurou por causa da contagem do tempo de serviço dos professores é “totalmente artificial”.

A partir das redes sociais, Catarina Martins quis deixar “quatro breves notas” sobre o tema, numa manhã que “parece marcada por tentativas de criar um ambiente de crise política”.

As notas da líder bloquista foram as seguintes:

  1. O que foi aprovado ontem no parlamento limita-se a corrigir um decreto-lei do Governo que desrespeita os Orçamentos do Estado para 2018 e para 2019, que explicitamente previam a contagem integral do tempo de serviço de todas as carreiras especiais da função pública para efeitos de descongelamento (de forma faseada).”
  2. “A solução encontrada para os professores respeita esse faseamento, não representa qualquer acréscimo de despesa no ano em curso e respeita a autonomia negocial do próximo governo.”
  3. “Nos Açores, onde o PS governa com maioria absoluta, a contagem integral do tempo de serviço já está garantida. Na Madeira também está já garantida.”
  4. “A única despesa extraordinária e não prevista no OE 2019 com que o governo se deparou é a que decorre do pedido do Novo Banco. São mais 450 milhões de euros, que o Governo já considerou acomodáveis.”

António Costa convocou para esta manhã uma reunião extraordinária com o núcleo duro do Executivo para analisar a situação. O líder parlamentar socialista, Carlos César, admitiu em declarações ao Público a demissão do Governo.

Pedro Filipe Soares acusa PS de ter “duas posições”

Numa conferência de imprensa na Assembleia da República (AR), o dirigente bloquista Pedro Filipe Soares acusou os socialistas de terem “duas posições” em torno desta matéria, em declarações transmitidas pela RTP.

“Quando o açoriano Carlos César acusa de irresponsável ou inconstitucional a solução alcançada na AR, curiosamente o PS Açores aplicou uma solução que não foi apelidada como tal pelo próprio PS”, afirmou, indicando que a decisão tomada em Portugal Continental “é até menos exigente do que foi aplicado” nas regiões autónomas.

“Não há nenhum motivo para a criação de um ambiente de crise política. É manifestamente artificial”, disse, alinhando com a coordenadora nacional, Catarina Martins.

Pedro Filipe Soares concluiu, afirmando que “não faz sentido o Governo estar a tomar dores de uma responsabilidade que não é sua” e que a AR só forçou a contagem integral do tempo de serviço dos professores porque o Executivo “não cumpriu o que tinha sido deliberado” anteriormente pelos partidos no Parlamento.

(Notícia atualizada às 13h03 com mais informações)

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