Faltam seguros para compensar granizo de Mogadouro

  • ECO Seguros
  • 17 Julho 2019

Não faz sentido o Estado apoiar aqueles agricultores que não fizeram seguro, porque isso seria desincentivar todos aqueles que o fazem, diz Capoulas Santos, ministro da Agricultura.

A Confederação dos Agricultores de Portugal acredita que “mais de 95%” dos agricultores afetados pela queda de granizo, no passado sábado, em Mogadouro, não terá seguro de colheitas”, refere a TSF enquanto o Governo garantia em comunicado que este seguro está “disponível para todos os agricultores” e tem como objetivo proteger os seus rendimentos de “aleatoriedades climatéricas como a queda de granizo que afetou a região de Mogadouro”.

O presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, reforçou esta tese dizendo à Lusa que, a nível de seguros de colheita, o Governo já apoia os agricultores e que o município nada poderá fazer nesta matéria.

O Estado já apoia em cerca de 60% os seguros de colheitas e, se forem agrupados, o financiamento deste mecanismo pode ir até aos 80% do valor dos prejuízos. É importante que os agricultores façam os respetivos seguros de colheita para minimizar os estragos nas suas produções”, concretizou.

O autarca referiu que os estragos em Mogadouro podem chegar aos 80% do total em produções como a vinha, acrescentando que o município já tem no terreno equipas de operários para fazer a manutenção de caminhos vicinais, muros ou outros equipamentos de apoio à agricultura.

Entretanto, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, sublinhou, em Bruxelas, que o granizo é um risco que está coberto pelos seguros de colheitas. “Em princípio, o granizo é um risco que está coberto pelo sistema de seguros agrícolas e sei que há agricultores que fizeram esse seguro e que por isso estão protegidos contra os prejuízos sofridos”, disse Luís Capoulas Santos à margem de uma reunião do Conselho de Agricultura e Pescas da União Europeia.

“Não faz sentido o Estado apoiar aqueles agricultores que não fizeram seguro, porque isso seria desincentivar todos aqueles que o fazem”, disso o ministro que exemplificou com a existência de danos em infraestruturas, que não estão cobertos pelo seguro de colheitas.

Capoulas Santos lembrou que, “durante muitos anos, a suprema reivindicação dos agricultores portugueses era a existência de um seguro”, tendo este sido criado para as colheitas e com um prémio financiado em 60% pelo Estado.

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