Catástrofes causam perdas de 42 mil milhões em seis meses
Relatório da Munich Re afirma que muitos desastres naturais aconteceram em países de fraco desenvolvimento e com baixa penetração de seguros, mas na Europa 75% dos prejuízos estavam cobertos.
A Munich Reinsurance Co. revelou em relatório que as perdas devidas a catástrofes naturais nos primeiros seis meses deste ano atingiram os 42 mil milhões de dólares, dos quais 15 mil milhões foram ou terão de ser indemnizados pela indústria seguradora. Este valor fica abaixo da média de longo prazo de 18 mil milhões e do registado em igual período de 2018 que atingiu os 23 mil milhões de dólares.
Os tornados e tempestades ocorridas em Maio no midwest dos Estados Unidos causaram 2,5 mil milhões de prejuízos a seguradoras, constituindo o mais volumoso sinistro de catástorfes naturais. O ciclone Idai que afetou Moçambique e países vizinhos, atingiu os 2 mil milhões de prejuízos, sendo estes dos mais significativos entre os 370 sinistros devidos a causas naturais anotados pela Munich Re de Janeiro a Junho deste ano.
Na Europa as perdas foram de 900 milhões de euros, estando mais de 75% cobertos por seguros, valor percentual muito superior aos registados em consequências de fenómenos idênticos na Ásia ou em África, onde existe baixa penetração de seguros. Ainda assim perdas elevadas foram causadas por uma vaga de calor e tempestades, em junho na Alemanha. Só um evento, ocorrido no dia 10 de junho, gerou 100 mil participações de segurados.
“Estudos científicos indicam que vagas de calor e tempestades estão a aumentar devido às alterações climáticas”, afirma Ernest Rauch, geocientista e responsável pela área de clima da Munich Re, “ os seguradores devem estar atentos a estes fenómenos causadores de potenciais perdas devido a ativos mais expostos a este tipo de risco”, conclui.
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