António Costa “profundamente perplexo” por Rio tirar da cartola o TGV
O secretário-geral do PS acusa o líder do maior partido da oposição de inconsistência nas suas posições por, em cima das eleições, tirar "da cartola um TGV".
O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou-se este sábado “perplexo com o TGV tirado da cartola” por Rui Rio, acusando o presidente do PSD de “inconstância permanente de posições”.
“Ouvi essa declaração com uma enorme perplexidade”, afirmou o líder socialista, referindo que “o PSD foi sempre o campeão anti-TGV” e, agora, Rui Rio vem defender a solução entre Lisboa e Porto, depois de o programa nacional de infraestruturas para a próxima década ter sido aprovado na Assembleia da República, sem que os sociais-democratas apresentassem essa proposta.
“É muito estranho que tenha havido uma grande discussão na Assembleia da República sobre as infraestruturas a realizar na próxima década, tendo o PSD apresentado propostas, tendo o PSD votado a favor do programa, de repente saia da cartola um TGV de que ninguém ouviu o PSD falar”, continuou.
Costa estranha também ter ouvido o presidente do PSD “tirar da cartola dúvidas sobre a sua estratégia da solução Montijo” para o novo aeroporto, apontando que “foi uma solução desenvolvida pelo anterior Governo”.
“Precisamente para não andarmos sempre numa lógica de descontinuidade nós agarramos, estamos a trabalhar como a solução possível no contexto em que vivemos”, acrescentou.
O secretário-geral do PS insistiu que fica “muito surpreendido com esta inconsistência permanente das posições do PSD e do Dr Rui Rio sobre matérias estruturantes para o país”.
Costa enfatizou que “investir numa linha do TGV não é fazer uma variante a uma vila, é uma obra de milhares de milhões de euros, relativamente aos quais tem que haver um consenso nacional muito profundo”.
“Quando agora se discutiu o programa de infraestruturas para a próxima década não houve proposta nesse sentido, agora que o programa está aprovado e em cima de eleições é que sai da cartola uma proposta como o TGV?”, perguntou.
“Fiquei profundamente perplexo como é que um partido com o grau de responsabilidade e que pretende ser alternativa de Governo se comporta com esta ligeireza relativamente a investimentos que são de milhares de milhões de euros”, acrescentou.
O líder socialista entende que “não há nem condições financeiras, nem condições politicas para neste próximo quadro comunitário haver qualquer iniciativa dessa obra”.
António Costa comentou também aos jornalistas a desconvocação da greve dos motoristas de matérias perigosas, afirmando: “todos ficamos satisfeitos, foi mais uma vitória do diálogo social”.
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