Portoseguro: Mediadora dos dragões quer ir além do estádio

  • ECO Seguros
  • 7 Outubro 2019

O universo do FC Porto permite gerar uma atividade muito rentável mas agora o foco está em diversificar negócios e clientes para continuar a crescer. A legislação preocupa mais que a concorrência.

António Vasconcelos era diretor da Global, primeira seguradora privada a seguir à reabertura do setor ao setor privado, quando o Futebol Clube do Porto, há 25 anos, lhe solicitou a montagem de uma mediadora de seguros própria, dando resposta aos significativos custos com apólices como, por exemplo, as respeitantes aos jogadores de futebol profissional.

A Portoseguro – Sociedade Mediadora de Seguros do Porto foi então constituída em 1995 e tem como principal acionista a Futebol Clube do Porto – Futebol SAD, detentora de 90% do capital social, desde que esta o adquiriu ao Futebol Clube do Porto em junho de 2007. O Clube ficou com 5% do capital, valor percentual igual ao de António Vasconcelos que é o gerente da sociedade.

António Vasconcelos: “O paradigma mudou, estamos perante mudanças significativas na evolução e nas necessidades dos clientes, quando ao mesmo tempo somos confrontados com aquisições e fusões de seguradoras”.

As primeiras instalações localizavam-se no centro da cidade do Porto, mais tarde na Torre das Antas e, desde 2003, no Estádio do Dragão, finalmente com “instalações funcionais e condignas para trabalho e especialmente para receber os nossos Clientes”, refere António Vasconcelos.

Atualmente a Portoseguro tem cinco funcionários, trabalha diretamente com quase todas as seguradoras, nomeadamente as de maior dimensão que operam no mercado nos ramos vida e não vida, e não possui sub-agentes.

Apresentando contas de julho a junho do ano seguinte, no último exercício apurado, contabilizado até junho de 2018, a Porto Seguro obteve um volume de negócios, quase todo resultante de comissões, no valor de 1,25 milhões de euros e um resultado líquido de 478,86 mil euros, o que lhe confere uma rentabilidade líquida invulgar de 38% e uma rentabilidade dos capitais próprios, que no final de junho de 2018 atingiram 610 mil de euros, de 78%. Os resultados deste exercício foram totalmente distribuídos em dividendos.

Os serviços prestados pela Portoseguro são os normais da mediação de seguros e de acordo com a Legislação em vigor. Diz António Vasconcelos “ tudo fazemos para cumprir o Artº.32º, que não é mais do que procurar a melhor seguradora , o melhor custo e garantias, acrescentando um serviço de consultadoria que possa manter na nossa carteira de clientes a satisfação e manutenção ao longo do tempo”, concluindo com a ideia “usamos como marca registada um lema: Não basta estar seguro é preciso sentir-se seguro”.

Uma das diretivas que a Portoseguro segue é a diversificação de carteira e clientes que neste momento se concentram em 65% no universo empresarial do FC Porto, 30% em outras empresas e apenas 5% em particulares. Alargar os dois últimos segmentos no conjunto do negócio, é um dos objetivos da empresa, lê-se no relatório e contas 2017/2018.

Para cumprir, António Vasconcelos afirma “o paradigma mudou, estamos perante mudanças significativas na evolução e nas necessidades dos clientes, quando ao mesmo tempo somos confrontados com aquisições e fusões de seguradoras”. Além disso refere que “não estamos imunes à moda de compras e vendas de carteiras, que na moda parece que está”, avisa o gestor.

Perante mercado e a concorrência Vasconcelos diz que “não deve haver preocupações” e que essas devem estar “viradas para a informação constante em detrimento de formação. Há quem perca muito tempo com isto e depois a informação sobrepõe-se ao estudo e à formação”, diz.

“A legislação é que de facto traz preocupações”, diz António Vasconcelos, “por que de vez em vez, lá vem mais uma invenção para atrapalhar e dificultar”. Sobre a quais invenções se refere diz “neste momento estou a lembrar-me das exigências europeias que obrigam, ou vão obrigar, que todas as pessoas envolvidas na mediação tenham de sofrer com umas quantas horas de formação com exames escritos tipo escola secundária”. No entanto acrescenta estar “em crer que o nosso legislador terá ainda oportunidade de exigir este tipo de educação aos caloiros e não aos já Formados e jubilados”, conclui.

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