BRANDS' ECO Gig Economy valerá perto de 411 Mil Milhões de Euros em 2023, mas há grandes desafios

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  • 26 Novembro 2019

A evolução das atitudes da sociedade perante a partilha (P2P) e o aumento da digitalização nos países impulsionam a Gig Economy, gerando maior competição entre as plataformas que a que a constituem.

A Gig Economy, conceito dado ao segmento dos profissionais liberais ou freelancers, é uma realidade incontornável e cada vez mais significativa da sociedade atual, que ganhou uma nova visibilidade com o aparecimento das plataformas digitais, de que a Uber ou a Glovo são dos protagonistas mais conhecidos entre nós.

A também chamada “uberização do trabalho – ou Gig Economy – apresenta um conjunto de vantagens, mas também de desafios, e tem ganho expressão em toda Europa e nos EUA.

De acordo com uma pesquisa do Joint Research Centre (JRC), da União Europeia, Portugal é dos países com mais pessoas neste segmento da economia, representando já cerca de 11% to total do emprego.

Contudo, à medida que as referidas plataformas procuram crescer e expandir as suas atividades, enfrentam desafios no desenvolvimento de operações sustentáveis e na capacidade de reterem os melhores freelancers.

Num estudo da Mastercard e da Kaiser Associates, confirma-se o rápido desenvolvimento da Gig Economy, projetando um crescimento anual de dois dígitos para o setor nos próximos cinco anos. Plataformas digitais, novas e existentes, competem para obter parte desse sucesso, mas, claro, encontram uma série de obstáculos comuns na procura de iniciativas de expansão global e doméstica.

Atualmente, a Gig Economy gera cerca de 185 mil milhões de euros, sobretudo concentrado no setor dos transportes (por exemplo, partilha de viagens), que compreende 58% deste valor.

As projeções de crescimento das transações da Gig Economy são de 17%, com um volume de cerca 411 mil milhões de euros até 2023 – o dobro do que foi gerado em 2018 – devido a fatores como a evolução das atitudes da sociedade em relação à partilha e ao aumento das taxas de digitalização nos países em desenvolvimento. Com um crescimento projetado aproximado de 123% ao longo de cinco anos, uma série de tendências sociais, económicas e tecnológicas estão hoje a impulsionar a expansão da Gig Economy e continuarão a estimular o desenvolvimento desta indústria no futuro. Aliás, estima-se que o número de trabalhadores ativos que participam da Gig Economy aumente 80% até 2023.

E tal como em tantos outros setores, a diferenciação vai ser um dos fatores críticos de sucesso para as plataformas. Além da retenção de freelancers, da qualidade do serviço e da panóplia de opções que oferecem aos seus clientes, a Mastercard considera que a rapidez com que os pagamentos chegam aos prestadores do serviço, a eficiência dessas transações e a capacidade para apoiar a inclusão financeira dos Gig Workers, através de ferramentas que os auxiliam na gestão das suas finanças, vão ser, também, variáveis determinantes para a “boa saúde” das plataformas.

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