Malparado está a cair. DBRS diz que esta tem de ser a prioridade da banca nacional

Os bancos continuam a acelerar o processo de redução do malparado, mas o rácio de créditos tóxicos no balanço continua elevado. Neste sentido, DBRS diz que esta terá de ser a prioridade do setor.

A banca nacional tem vindo a reduzir de forma expressiva o peso do malparado, mas é preciso fazer mais. Mesmo depois de vendas de carteiras de muitos milhares de milhões de euros, o setor continua a apresentar um rácio elevado na comparação com os pares europeus, daí que a DBRS afirme que estes créditos tóxicos terão de continuar a ser a prioridade do setor em Portugal.

“O rácio de malparado reduziu-se para cerca de 8% no final dos primeiros nove meses deste ano, contra 12% no período homólogo”, nota a agência de notação financeira numa nota sobre o setor financeiro português. “Na nossa perspetiva, a redução do rácio de malparado continuará a ser a prioridade dos bancos portugueses já que os rácios de solidez continuam fracos em comparação com a média europeia”, nota.

Ao mesmo tempo que têm de manter o foco na redução destes créditos tóxicos, os bancos enfrentam o desafio de aumentar a rentabilidade num contexto de juros muito baixos, mas também de forte concorrência. “A margem financeira continua a ser penalizada pelo ambiente de taxas de juro baixas e uma pressão concorrencial significativa“, diz a DBRS, salientando que neste contexto o setor está a aplicar comissões em depósitos de outros bancos.

O aumento das comissões, ao mesmo tempo que se regista um maior controlo de custos, mas também há menores encargos com provisões para o malparado, têm permitido aos bancos apresentar resultados positivos. A DBRS nota, contudo, que para o forte aumento dos lucros registado nos primeiros nove meses deste ano contribuíram efeitos extraordinários, nomeadamente as vendas de ativos da CGD.

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