Empresas querem menos IRC, mas também menos IRS. E baixa do IVA da luz

As empresas querem ver neste Orçamento do Estado uma redução no IRC, mas também medidas como um aumento no número de escalões do IRS, conclui um inquérito realizado pela EY.

As empresas querem uma descida no IRC, mas não esquecem o IRS. Um aumento no número de escalões, por exemplo, limitava a tributação da classe media e permitia que as famílias tivessem mais rendimento disponível. As conclusões são de um inquérito realizado pela EY.

Cerca de 96% das empresas questionadas entende que Portugal, para melhorar o nível de competitividade fiscal, tem de fazer alterações no IRC, e 95% considera necessárias mudanças no IRS, revela o questionário da consultora que foi realizado a cerca de 100 empresas do mercado português.

As empresas sinalizaram também apoiar um aumento no número de escalões de IRS de forma a que a classe média não seja tributada nas taxas que muitas vezes são as máximas. Para além disso, cerca de metade das companhias questionadas defendem um aumento nas deduções à coleta, com enfoque nas famílias com mais filhos.

Aproximadamente a mesma fatia das participantes pede também a reintrodução do quociente familiar, por entender que o mesmo reflete de uma forma mais adequada, a capacidade contributiva dos agregados familiares de maior dimensão.

A grande maioria das empresas considera que a carga fiscal em Portugal é demasiado elevada. Cerca de 97% das entidades avaliam o peso dos impostos de forma muito negativa ou negativa, no inquérito da EY.

Descida no IVA da luz? Sim

As empresas que participaram no inquérito realizado pela EY defendem, quase em uníssono, a descida da carga fiscal na energia. Para 95% das empresas, era ainda importante haver uma redução do IVA da eletricidade, e 93% pretendem o mesmo em relação ao gás natural, que em ambos os casos é atualmente de 23%.

“Apesar de o valor do IVA incluído na fatura da eletricidade poder ser recuperado pela maior parte das empresas, o tempo necessário para essa recuperação traduz-se num aumento das necessidades de fundo de maneio, limitando os recursos disponíveis para aplicar noutras áreas do negócio”, detalhou a EY.

A baixa do IVA na energia está já a ser discutida mas ainda não é certo como será aplicado. O primeiro-ministro adiantou na passada terça-feira que tinha pedido à Comissão Europeia para criar escalões para a aplicação desta taxa.

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