Caixa Econômica Federal prepara IPO da Caixa Seguridade

  • ECO Seguros
  • 9 Janeiro 2020

O braço segurador do conglomerado financeiro público volta ao mercado quatro cinco anos após a primeira tentativa de venda. É o quarto maior grupo segurador do Brasil.

A Caixa Econômica Federal (CEF), grupo brasileiro de capital público, está a preparar a Oferta Pública Inicial da sua participada integral da área de seguros e corretagem (Caixa Seguridade). O preço deste IPO (sigla inglesa para a Oferta Pública Inicial de capital em bolsa) deverá ser definido entre março e abril, noticia o jornal Estado de São Paulo.

O valor avançado para a colocação na B3 (bolsa brasileira resultante da fusão em 2017 da BM&F, Bovespa e a Central de Custódia e Liquidação) é de 15 mil milhões de reais, representando 25% do estimado para a valorização da holding de seguros da CEF (60 mil milhões de reais ou cerca de 13,1 mil milhões de euros ao câmbio do dia).

O jornal acrescenta que a CEF já selecionou um sindicato bancário para coordenar a operação (Morgan Stanley, Credit Suisse, Bank of America, Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI, Banco do Brasil, Santander, Brasil Plural e a própria Caixa). A operação – que será a segunda tentativa de abrir o capital da entidade (a primeira falhou em 2015) – supõe ainda uma série de reuniões com investidores e só poderá avançar depois de cumpridos procedimentos estatutários e requisitos regulatórios.

O IPO da Caixa Seguridade é parte da estratégia de venda de ativos do grupo para este ano. Em 2019, foram arrecadados 15 mil milhões de reais com os desinvestimentos, considerando apenas operações próprias do banco. Para 2020, de acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o objetivo é arrecadar volume “bem maior”, cita a publicação do Estado de São Paulo.

Parte do encaixe esperado com a oferta em bolsa deverá ser utilizada para a CEF amortizar a sua dívida com o Tesouro Nacional do Brasil no âmbito dos chamados instrumentos híbridos de capital e dívida.

Escolhido para presidir a Caixa no governo de Jair Bolsonaro, Guimarães ocupou-se pessoalmente do negócio de seguros após assumir o comando do banco. Entre as mudanças que promoveu na instituição, ordenou a revisão de todos os contratos fechados até então pela divisão de seguros, incluindo três protocolos selados com a francesa CNP Assurances – atual parceira da Caixa no negócio segurador.

Dados relativos a 2018 disponíveis na página eletrónica da CEF indicam que o grupo bancário conta com 84 mil colaboradores, posicionando-se como o maior banco brasileiro em número de clientes (92,7 milhões), sendo responsável por 37,4% da poupança nacional e 68,8% do crédito habitação.

A Caixa Seguridade Participações, integralmente detida pela CEF, é uma holding que concentra as participações societárias nos ramos de seguridade (seguros; planos de capitalização, previdência e saúde) e corretagem de seguros. A companhia foi o quarto maior grupo segurador do Brasil em 2018, através dos negócios da Caixa Seguradora, Too Seguros e PAN Corretora.

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