BRANDS' ECO A necessidade aguça o empreendedorismo

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  • 22 Janeiro 2020

Além de querer mostrar o progresso das mulheres empresárias à escala global, a Mastercard está empenhada em projetar um mundo melhor para as mulheres, gerador de possibilidades ilimitadas para todos.

No Top 10 do Índice Mastercard de Mulheres Empresárias de 2019, entre 58 mercados analisados quanto à percentagem de mulheres donas de empresas, o Uganda é o país nº 1; em segundo lugar está o Gana e, em terceiro, o Botsuana. O motivo? A necessidade. África apenas poderá cumprir o desígnio da Quarta Revolução Industrial com a contribuição das mulheres.

Não deixa de ser curioso que o único país europeu no Top 10 deste Índice seja precisamente Portugal, que ocupa o 10º lugar. País fundado em 1143, país de aventureiros ousados que também se viraram para o mar por necessidade. As mulheres portuguesas, cujo papel se cingia ao seio familiar, apesar de as matriarcas sempre assumirem uma importância vital no equilíbrio da estrutura da sociedade, são hoje empresárias. 30,2% conseguem passar do conceito em papel à concretização do seu negócio, algumas, pelo acesso à formação, vieram a assumir negócios de família.

"Segundo dados do McKinsey Global Institute, o impacto da igualdade de género na economia a nível global seria, até 2025, de 12 triliões de euros.”

Todavia, o Velho Continente parece ter perdido o espírito de conquista que outrora imperava. Curiosamente, na Europa, o papel da mulher parece obedecer a padrões inversos aos dos países de menor riqueza económica, como é o caso a Suécia (25ª), país em que houve um decréscimo de 6,8% em termos de mulheres empreendedoras, ou da Alemanha (29ª) em que as mulheres preferem dedicar-se à maternidade do que empreender.

Dos 20 principais mercados do ranking Mastercard, 80% são economias de elevado rendimento, onde as condições empresariais são altamente favoráveis, mas apenas quatro do Top 10 estão localizados na Europa, a saber: Irlanda (67,7%), Suíça (65,8%), Reino Unido (65,6%) e Polónia (65,1%).

Portugal ocupa no ranking das condições ótimas para criar o próprio negócio a 18ª posição, com 64,2%, mas no acesso da mulher ao mundo da atividade política, da produção artística e das manifestações culturais nos mais variados aspetos, está ligeiramente atrás da vizinha Espanha que, neste Índice, ocupa a 16ª posição (64,5%).

Paulo Raposo, diretor-geral MasterCard PortugalSam Frost

Segundo dados do McKinsey Global Institute, o impacto da igualdade de género na economia a nível global seria, até 2025, de 12 triliões de euros. As mulheres são multifacetadas, revelam especial capacidade para gerir o orçamento familiar assim como o respetivo tempo. São gestoras com forte capacidade para impulsionar o crescimento económico. Trabalham especialmente bem em rede, partilhando uma ambição universal comum que é desejo de melhorar a vida dos filhos, família e, por último, delas próprias.

Aliás, desde que em 1976 Muhammad Yunus fundou o Grameen Bank, o primeiro banco do mundo especializado em microcrédito, foram emprestados o equivalente a 5,72 biliões de dólares, dos quais 97% a mulheres, e recebe uns impressionantes 98,85% dos empréstimos que concede.

Embora pouco a pouco se produzam claros avanços em matéria de igualdade de género, é inegável que o caminho a percorrer ainda é longo. E para impulsionar o incremento do número de mulheres a empreender é preciso garantir, sobretudo, o acesso a formação e inclusão financeira. Programas como, por exemplo, o Girls4Tech, que promove a presença de mulheres nas carreiras STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia ou Matemática), Start Path, que incentiva o empreendedorismo, e Create & Cultivate, que promove o apoio a pequenos empresários, são essenciais para ajudar as mulheres a desenvolver o seu futuro profissional.

Em África e no Sudeste Asiático, por exemplo, a Mastercard tem vindo a impulsionar empresas lideradas por mulheres com acesso ao microcrédito e a novos mercados digitais, através de plataformas como a Jaza Duka ou programas como o Mastercard Farmer Network. Além disso, o Mastercard Center for Inclusive Growth oferece apoio filantrópico para incentivar a formação em literacia financeira e o acesso a ferramentas e serviços vitais para mulheres empresárias em mercados desfavorecidos.

Além de procurar mostrar o progresso das mulheres empresárias à escala global, a Mastercard está empenhada em projetar um mundo melhor para as mulheres, gerador de possibilidades ilimitadas para todos.

Quem sabe se, com cada vez mais mulheres na política, na economia e nas finanças, em todo o mundo, o nosso planeta possa tornar-se num sítio ainda melhor para vivermos em paz e harmonia.

Por Paulo Raposo, diretor-geral da Mastercard em Portugal

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