Petróleo dispara mais de 27% em Nova Iorque. Barril vale 17 dólares

Preço do barril de petróleo continua a recuperar nos EUA, depois da segunda-feira negra. Tensões no Médio Oriente e plano de estímulos norte-americano dão impulso à cotação do "ouro negro".

Os preços do petróleo continuam a registar elevada volatilidade, depois de na passada segunda-feira terem afundado para valores negativos pela primeira vez na história. Esta quinta-feira a matéria-prima valoriza mais de 27% perante as tensões no Médio Oriente e o compromisso americano de injetar dinheiro na economia para aliviar os efeitos da pandemia do coronavírus.

Em Nova Iorque, o contrato de crude que expira no dia 19 de maio está a valorizar 27,4% para 17,6 dólares. Trata-se de um regresso a uma situação de relativa normalidade no mercado depois de o contrato que expirou na segunda-feira ter desvalorizado até -40 dólares, com os investidores a pagarem para se “livrarem” dos barris numa altura em que a capacidade de armazenamento está praticamente esgotada com a paragem da economia.

Deste lado do Atlântico, o contrato de Brent que expira a 30 de abril também ganha terreno. Avança 8,89% para transacionar nos 22,18 dólares por barril, depois de ter chegado a baixar dos 15 dólares nos últimos dias.

Brent recupera de mínimos

O mercado de petróleo está a registar uma das semanas mais turbulentas de sempre num ano de 2020 para esquecer. O preço barril tem afundado perante receios de quebra da procura com as medidas de restrição para conter a pandemia e o excesso de oferta.

É neste cenário que se dá esta recuperação dos preços petrolíferos na sessão desta quinta-feira, impulsionados ainda pela escalada das tensões no Médio Oriente, após o Presidente Donald Trump ter ordenado a marinha americana a disparar contra qualquer navio iraniano que “assedie” um navio americano. Mais tarde, Trump esclareceu que não há uma mudança nas regras de combate.

Por outro lado, a Administração americana está prestes a ver aprovado no Congresso um plano de estímulos adicional de 500 mil milhões de dólares para financiar pequenos negócios e hospitais que estão em dificuldades. É dinheiro que poderá reanimar a maior economia do mundo, prevendo-se um aumento do consumo de petróleo à medida que a atividade económica se vai reabrindo.

(Notícia atualizada com cotações às 18h10)

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