Uber corta 3.700 postos de trabalho. CEO renuncia ao salário durante a pandemia

Em plena pandemia, a Uber enfrenta uma queda no número de viagens. A empresa avança com medidas para reduzir custos.

Numa altura em que a pandemia levou a uma diminuição na procura por viagens, a Uber começou a tomar medidas para reduzir os custos. Vai cortar 3.700 postos de trabalho, o que corresponde a cerca de 14% do total. A empresa anunciou também que o CEO irá renunciar ao salário durante este período.

As rescisões, que afetam as equipas de apoio e recrutamento, provavelmente vão resultar em indemnizações e outros custos com benefícios para os empregados no valor de 20 milhões de dólares, disse a empresa, de acordo com o Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

O presidente executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, decidiu renunciar ao salário-base para o resto do ano. No ano passado, o salário-base do CEO foi de 1 milhão de dólares, sendo que a maioria da remuneração que acabou por receber em 2019 resultou de bónus e prémios em ações.

As medidas foram reveladas numa comunicação enviada ao regulador do mercado norte-americano, a Securities and Exchange Commission, um dia antes de a empresa divulgar os resultados financeiros do primeiro trimestre.

Estas medidas vão impactar todos os mercados. “Com as pessoas a fazer menos viagens, infelizmente não há trabalho suficiente para muitos dos nossos colaboradores das áreas de apoio ao cliente”, aponta fonte oficial da Uber, ao ECO. “Como não sabemos quanto tempo irá levar a recuperação, estamos a tomar medidas para alinhar os nossos custos com a dimensão atual dos nossos negócios”, acrescenta.

“Foi uma decisão difícil mas é a correta para ajudar a proteger a sustentabilidade da empresa a longo prazo e garantir que saímos desta crise mais fortes”, conclui.

(Notícia atualizada às 16h15)

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