ARS Norte não paga horas extra aos médicos de saúde pública
O subsídio de disponibilidade permanente que estes médicos auferem não se enquadra no aumento de atividade que começou há mais de dois meses, defendem especialistas.
A Associação dos Médicos de Saúde Pública contesta a decisão da ARS Norte de não pagar as horas extraordinárias feitas pelos médicos de saúde pública desde que a pandemia chegou a Portugal. De acordo com o presidente da associação, Ricardo Mexia, o subsídio de disponibilidade permanente que estes médicos recebem não se enquadra no aumento do volume de trabalho que se regista há mais de dois meses, avançou a TSF (acesso livre).
“As horas trabalhadas que, na prática, há várias semanas, têm sido de rotina, têm sido todos os dias – os médicos de saúde pública trabalham muito mais horas do que aquelas que têm no seu horário — essas horas dificilmente podem ser enquadradas ao abrigo deste regime”, explica Ricardo Mexia à TSF.
De acordo com o presidente da associação dos médicos, esta atitude da ARS Norte vai contribuir para uma atitude menos positiva entre estes profissionais de saúde: “Estamos a falar de profissionais que, há muitas semanas, estão a dar o melhor de si para controlar o problema. Naturalmente, perante uma situação destas ficam um pouco abalados, desiludidos, desmotivados. Espero que isso se vá resolver oportunamente.”
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