Mexia e Manso Neto vão ser acusados de corrupção ativa

  • ECO
  • 15 Junho 2020

Ministério Público quer que autores venham a ser proibidos de exercer funções e alega que António Mexia e Manso Neto não deixam testemunhas da EDP depor livremente.

O Ministério Público prepara-se para avançar com uma acusação formal aos presidentes da EDP, António Mexia, e da EDP Renováveis, João Manso Neto, avançou o Observador (acesso pago).

Os dois gestores, que os procuradores querem ver afastados de funções, deverão ser acusados de quatro crimes de corrupção ativa e um de participação económica em negócio no caso das rendas excessivas da energia. Já o administrador executivo da REN, João Conceição, deverá ser alvo de acusação de dois crimes de corrupção passiva. Os procuradores querem mesmo que no final de um eventual julgamento António Mexia, João Manso Neto e João Conceição venham a ser proibidos de exercerem funções em empresas públicas e privadas.

E para travar esta pretensão do Ministério Público de agravar as medidas de coação aplicadas aos três arguidos, a defesa deverá, segundo o Correio da Manhã (acesso pago) entregar esta segunda-feira, na data limite, um conjunto de emails do chefe de gabinete do ex-secretário de Estado da Energia e atual secretário de Estado da Defesa, Seguro Sanches, que revelam a vontade e empenho do responsável para que o ex-secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, fosse nomeado para a vice-presidência do OMIP – Operador do Mercado Ibérico de Energia.

Os emails enviados por Paulo Mauritti, datam de março de 2017 e são dirigidos ao presidente da REN, Rodrigo Costa, e ao administrador da EDP, Manso Neto — as empresas que deveriam propor ao Executivo um nome para ocupar a vice-presidência do OMIP e a presidência do OMIE. Segundo o Correio da Manhã, nesses emails, o chefe de gabinete de Seguro Sanches envia uma série de documentos para sustentar a idoneidade de Artur Trindade, que tinha sido contestada pela CMVM.

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