Isabel dos Santos rejeita fuga. Diz que família dos Santos não tem contas no EuroBic
Empresário angolana emitiu um comunicado onde, em 18 pontos, responde às notícias publicadas nos últimos dias sobre a apreensão de bens e contas bancárias "supostamente da Família dos Santos".
Isabel dos Santos reagiu às notícias publicadas nos últimos dias relacionadas com a apreensão de bens e contas bancárias ligadas ao seu nome e da família dos Santos. Num comunicado que se estende por 18 pontos, a empresária angolana rebate as acusações, considerando-as falsas e negando ainda estar em fuga.
“É tendenciosa a informação que Isabel dos Santos e Sindika Dokolo estariam fora do país, tentando dar a falsa aparência de fuga”, diz o comunicado em nome da filha do antigo presidente de Angola que lembra que “nenhum é cidadão português e ambos são investidores estrangeiros e é publicamente sabido que ambos trabalham fora de Portugal”.
Mas os primeiros pontos enumerados no comunicado servem para descartar a sua ligação pessoal ou da sua família nomeadamente a contas detidas no EuroBic, mas também em outros bancos, e a eventual entrada de dinheiro do Estado angolano para essas contas.
“É falsa a afirmação da existência de contas bancárias pertencentes à “Família dos Santos” no banco EuroBic. A “Família dos Santos” não tem e nunca teve contas bancárias no banco EuroBic ou em lado algum”, começa por referir logo no primeiro ponto do comunicado, para logo depois negar que “estas [contas] tenham recebido fundos ou dinheiro do Estado Angolano para o seu uso pessoal ou qualquer outro fim”.
Isabel dos Santos nega ainda que a Polícia Judiciária tenha procedido “ao confisco de 300 milhões de euros” por ela detidos, mas também do arresto de património. Contraria assim a notícia avançada pela TVI no passado sábado que falava ainda na realização de 68 buscas levadas a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária decorridas entre quarta e quinta-feira passadas.
A empresária descarta ainda que ela ou o seu marido, Sindika Dokolo, sejam proprietários de imóveis que lhes têm sido associados. Refere-se em concreto a uma moradia na Quinta do Lago e a um edifício de 11 andares em Rio de Mouro, Sintra. Também considera “completamente falsa” a afirmação de que Sindika Dokolo tenha “sociedades que servem de veículos utilitários ao branqueamento de capitais”.
Isabel dos Santos diz ainda que “é completamente falsa a afirmação de existência de crimes precedentes de corrupção e peculato em Angola” e que “não há um tribunal em Angola que tenha estabelecido a existência de crime algum”.
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