Pedro Proença quer que a época 2020/21 comece com adeptos nas bancadas

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional adiantou que o organismo está "em conversações" com a Direção-Geral de Saúde e com o Governo para que a próxima época comece com público.

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, disse esta quarta-feira que o organismo está a trabalhar para que a época 2020/21 comece, em setembro, com público nas bancadas.

Na conferência “Futebol Profissional e Economia Pós COVID-19”, promovida pela LPFP, em Oeiras, Pedro Proença sublinhou que os adeptos são parte do futebol e indispensáveis ao espetáculo.

É para os adeptos que estamos a lutar e a trabalhar, e tudo faremos para que a próxima época comece com eles. Sem eles, o futebol não existe, e estamos em conversações com a Direção-Geral de Saúde (DGS) e com o Governo”, revelou o presidente da LPFP.

Em resposta, na sua intervenção na conferência, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD), João Paulo Rebelo, admitiu que o futebol só tem toda a sua essência quando os “artistas” podem ser vistos ao vivo pelo público.

João Paulo Rebelo sublinhou também que tudo está a ser feito para que os adeptos voltem rapidamente às bancadas, mas advertiu que essa decisão não pode colocar em causa a saúde pública e os avanços conseguidos no combate à pandemia de covid-19.

“É evidente que os nossos artistas, os atletas, merecem a presença do público. Sabemos que o comportamento do público num anfiteatro é distinto do público num jogo de futebol, o que não quer dizer que não estejamos envolvidos na busca de uma solução, o mais breve possível”, disse.

O governante, que esteve presente no sábado na final da Taça de Portugal – o FC Porto conquistou o troféu, ao bater o Benfica por 2-1, em Coimbra – e reconheceu um “cenário desolador” face às bancadas vazias, não se comprometeu, porém, com prazos.

“Não consigo dizer a partir de quando, mas é preciso trabalharmos com a DGS, e quero que saibam que o SEJD e o Governo estão comprometidos para que isso possa acontecer o mais rapidamente possível, mas sem comprometer o equilíbrio que é difícil de conseguir, e de forma a que uma abertura excessiva não comprometa o trabalho todo que estamos a fazer”, explicou.

A edição 2020/21 da I Liga portuguesa de futebol arranca no fim de semana de 20 de setembro, uma semana depois do começo da II Liga, e o sorteio das duas competições está agendado para 28 de agosto.

Governo está a “criar condições” para adeptos regressarem aos estádios

O Ministro da Economia e Transição Digital assumiu hoje que o Governo “não sabe” quando os adeptos vão poder regressar aos estádios de futebol, mas garantiu que “estão a ser criadas condições para um contexto que será difícil”.

Na conferência ‘Futebol Profissional e Economia Pós COVID-19’, Pedro Siza Vieira disse entender as pretensões da Liga e dos clubes para que as bancadas possam ter público, mas sublinhou que ainda “não há resposta” para essa ambição.

“Esse é um processo que está dependente da evolução das condições sanitárias. Estamos focados em dar passos seguros que permitam controlar o contágio e de forma a que o sistema de saúde esteja sempre à altura de poder dar uma resposta eficaz”, disse.

De acordo com o governante, “é muito importante” que não se tomem decisões em que depois haja a “necessidade de voltar atrás”.

Queremos que o próximo campeonato se inicie e decorra até ao fim sem interrupções. O pior que podia acontecer seria tomarmos uma decisão de maior liberdade e mais tarde termos de voltar atrás”, disse, admitindo que a ausência de adeptos nos estádios de futebol traz “consequências económicas graves” para o setor.

Pese embora as dificuldades económicas do futebol, Pedro Siza Vieira deixou elogios ao percurso feito e à resposta que o setor deu aos desafios colocados pela pandemia de covid-19.

“Tal como fez a economia em geral nas últimas décadas, também o futebol apostou na qualificação dos recursos humanos, no apuramento de talento, numa aposta muito maior no conhecimento e inovação, o que lhe permitiu crescer em competitividade e trouxe uma melhoria muito significativa do desempenho”, adiantou o ministro da Economia e Transição Digital.

(Notícia atualizada às 13h35)

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