Qual a principal fonte da eletricidade produzida em Portugal?
Nos primeiros seis meses, a hídrica liderou na geração de energia elétrica (36%), seguida da eólica (25%), gás natural (20%), cogeração fóssil (9,9%), biomassa (6,8%), solar (2,6%) e carvão (0,5%).
Desde 2005 que as famílias, as empresas e as indústrias não consumiam tão pouca eletricidade em Portugal. De acordo com os dados mais recentes da REN, de janeiro a julho deste ano a queda no consumo de energia elétrica foi de 4,3%. A variação negativa face a igual período do ano passado sobe para os 5%, com a respetiva correção de temperatura e dias úteis.
Consumimos menos energia, mas consumimos mais energia limpa, de fontes renováveis: no acumulado do ano, a produção renovável abasteceu 60% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 28%, eólica com 23%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 2,6%. Já a produção fóssil abasteceu 32% do consumo, praticamente apenas com gás natural, mantendo-se o carvão com produção reduzida, representando menos de 1% do consumo.
E se do lado do consumo a energia produzida nas barragens surge no primeiro lugar na lista de fontes da eletricidade que gastamos lá em casa, do lado da produção o cenário é igual. Nos primeiros seis meses do ano, a hídrica liderou na geração de energia elétrica (36%), seguida da eólica (25%), gás natural (20%), cogeração fóssil (9,9%), biomassa (6,8%), solar (2,6%) e carvão (0,5%).
Olhando especificamente apenas para o mês de junho, o carvão desapareceu entretanto do mix energético português, o gás natural disparou para os 30% da geração, o solar quase duplicou para os 4%, a cogeração fóssil chegou aos 11%, a biomassa aos 7,8% e a hídrica desceu a pique para os 22%, tendo em o menor índice de produtividade hídrica.
Há um ano, no primeiro semestre de 2019, 15% da eletricidade produzida em Portugal ainda tinha como origem o carvão e a hídrica não ia além dos 19%.
Em maio, a associação ambientalista Zero deu conta do facto de a central de Sines praticamente não funcionar desde 26 de janeiro. A 14 de março foi a vez da central do Pego, da Trustenergy e da Endesa, desligar as turbinas. Tal não acontecia há 35 anos, desde que a central de Sines entrou em funcionamento no país. A EDP já avisou o Governo que quer encerrar Sines de vez em janeiro de 2021.
De acordo com a APREN, no mês de julho o carvão já voltou entretanto a ser usado para produzir energia em Portugal, sendo responsável nesse mês por 2,4% da geração.
No seu último boletim, a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) revela que em Portugal Continental foram gerados 23.322 GWh de eletricidade acumulados entre janeiro e junho de 2020, dos quais 69,8 % foram de origem renovável. Ao mesmo tempo, o setor eletroprodutor renovável nacional evitou a emissão de 9,2 milhões de toneladas de CO2 desde o início de 2020.
No consumo, a APREN dá conta de uma redução de 8,8% em junho de 2020, relativamente a junho de 2019, tendo em consideração a correção de horas laborais e de temperatura.
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