Empresas estão a escolher “apoios que mantêm emprego durante mais tempo”, diz Mendes Godinho

Ministra Ana Mendes Godinho adiantou que já foram feitos 22 mil pedidos de apoio pelas empresas no pós-lay-off.

Dos 22 mil pedidos de apoio feitos pelas empresas no pós-lay-off, uma grande maioria está a optar por instrumentos que “implicam a manutenção dos postos de trabalho durante mais tempo”, diz Ana Mendes Godinho. A ministra da Segurança Social salienta que essa era a grande prioridade: a manutenção do emprego.

Cerca de 82% das empresas estão a optar pelos instrumentos apoio à retoma progressiva ou do incentivo que prevê até dois salários mínimos nacionais por cada posto de trabalho mantido, adiantou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, em conferência de imprensa após a reunião da Comissão Permanente de Concertação Social. Estes pedidos abrangem 240 mil pessoas, acrescentou.

A ministra especificou que aproximadamente 12 mil pedidos são relativos ao instrumento dos dois salários mínimos, enquanto cerca de metade, seis mil, dizem respeito ao apoio à retoma progressiva, o substituto do lay-off. São os instrumentos que “implicam manutenção de postos de trabalho durante mais tempo”, salientou Mendes Godinho.

Quanto às principais atividades que recorreram aos instrumentos, a ministra aponta que são idênticas aquelas que optaram pelo lay-off, nomeadamente os setores do alojamento, restauração e comércio. Num balanço das medidas já implementadas, a ministra aponta também que, até ao momento, 1,34 milhões de pessoas foram abrangidas, ou seja, cerca de 25% da população ativa.

Instrumentos do lay-off e apoios à contratação fazem parte da candidatura ao SURE

Portugal espera receber 5,9 mil milhões de euros no âmbito do programa SURE, de apoio temporário para mitigar os riscos de desemprego. A candidatura prevê o financiamento do lay-off, mas inclui também outros instrumentos e apoios à contratação, segundo esclareceu a ministra do Trabalho.

Questionada sobre a aplicação das verbas, tendo em conta que, até agora, o lay-off custou cerca de 752 milhões aos cofres do Estado, a ministra explicou que várias outras medidas estão contempladas. Ao montante que já foi pago nas medidas extraordinárias no âmbito da Segurança Social acrescem “valores correspondentes às isenções da Taxa Social Única”.

Para além destas medidas “foram implementadas outras e são elas todas que fazem parte” da candidatura, disse. Mendes Godinho sublinhou também que os valores conhecidos da despesa com as medidas são até julho, sendo que ainda virão até ao final do ano custos com “vários instrumentos à disposição, seja nos instrumentos que surgiram no lay-off seja em medidas de apoio a contratação de trabalhadores”.

(Notícia atualizada às 19h45)

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