Na véspera do Orçamento, Fernando Medina pede para que não haja “crises artificiais”
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, pediu que todos assumam “a coragem da responsabilidade” da resposta à situação difícil do país, sem “crises artificiais”.
No seu discurso nas cerimónias comemorativas do 05 de Outubro, Medina elogiou a “visão estratégica e o rumo” escolhidos pelo Governo para responder “de forma inclusiva, ecológica e socialmente responsável” à segunda crise no espaço de uma década.
“Para que isso aconteça é necessário que o país se mantenha focado no essencial. Ninguém entenderia que, num país ainda marcado por feridas da última crise, alguns preferissem uma crise artificial à responsabilidade da resposta à vida de milhões de portugueses”, sublinhou.
O autarca da capital considerou que, quem num passado recente, afirmou que era possível outra política económica “tinha razão”.
“Mas ter razão não basta. É preciso, quando confrontado com as suas responsabilidades, assumir a coragem da sua responsabilidade”, apelou.
Medina discursava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o primeiro-ministro, António Costa, três dos quatro presidentes dos tribunais superiores – o presidente do Tribunal Constitucional, Manuel Costa Andrade, não compareceu por ainda aguardar o resultado do teste à covid-19, depois de ter participado no Conselho de Estado de terça-feira com António Lobo Xavier, que testou positivo ao vírus.
Os testes de diagnóstico de infeção com o novo coronavírus realizados no domingo pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e pelo primeiro-ministro, António Costa, deram negativo, e os três estão presentes hoje nas cerimónias do 110.º aniversário da Implantação da República.
Estiveram ainda na cerimónia, que este ano decorreu com restrições devido à pandemia, o vice-presidente João Paulo Saraiva e os vereadores Teresa Leal Coelho (PSD), João Gonçalves Pereira (CDS-PP), João Ferreira (CDU) e Manuel Brito (BE).
Ao contrário do que tem sido habitual nos últimos anos, os discursos decorreram no interior dos Paços do Concelho, no Salão no Nobre, e não na Praça do Município.
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