Angolana ENSA obtém 9,1 milhões de euros de lucros até junho

  • ECO Seguros
  • 8 Outubro 2020

O desempenho da seguradora angolana reflete resultados da implementação do Plano Estratégico 2020-2022, enquanto avança o processo de privatização da companhia.

A ENSA – Seguros de Angola (ENSA) regressou aos lucros com um resultado líquido de 1,68 mil milhões de kwanzas (AOA) no semestre encerrado a 30 de junho, um aumento de 150% com o lucro a equivaler a 9,1 milhões de euros ao câmbio corrente. O resultado reflete 33% de crescimento no volume de prémios, para AOA 53 mil milhões (ou cerca de 287,3 milhões de euros), “apesar de menos apólices novas, fruto da crise económica provocada pela pandemia”, explica a seguradora de capitais públicos que integra a lista de ativos incluídos num programa de privatizações em curso.

Citado em comunicado, Carlos Duarte, presidente do conselho de administração da ENSA, salienta: “Os bons resultados do primeiro semestre de 2020 são já o reflexo do Plano Estratégico 2020-2022 e das suas medidas de saneamento financeiro. No segundo semestre manteremos como objetivo a melhoria destes resultados, uma maior capacitação dos nossos colaboradores e a preparação da ENSA para uma privatização bem-sucedida. Os impactos transversais da pandemia são enormes, mas cremos estar no bom caminho para reforçar a solidez e sustentabilidade da ENSA com uma equipa extremamente motivada e focada nas melhores soluções para o cliente”.

A ENSA mantém-se com posição destacada, liderando o mercado angolano com uma quota de 35%, “sendo os seguros de saúde, acidentes de trabalho e automóvel aqueles que mais peso têm na carteira” e que lhe conferem liderança de mercado.

A taxa de sinistralidade recuou, de 44% em 2019 para 33% em 2020, registando-se ligeiro aumento de 1% dos custos com sinistros, “explicado essencialmente pelo impacto da inflação”. Os custos técnicos aumentaram 20% no semestre devido ao reforço das provisões e à abordagem mais conservadora da ENSA em relação às suas responsabilidades.

Os custos operacionais aumentaram 19% “por influência da reestruturação em curso, prevendo-se ainda assim que em 2020 fiquem abaixo do ano anterior“.

O rácio de cobertura das provisões técnicas “situa-se nos 130%, fruto de um esforço para acautelar imparidades e provisões em antecipação dos efeitos do saneamento financeiro em execução do referido Plano Estratégico”, complementa a fonte.

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