Gestprint quer derrogação do lançamento de OPA à Lisgráfica
A Gestprint, representando os dois acionistas da Rasográfica, remeteu à CMVM um requerimento para derrogação do dever de lançamento de OPA, que se encontra em análise.
A Gestprint, em representação dos acionistas da Rasográfica, entregou um requerimento para a derrogação do dever de lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), no âmbito do plano de recuperação da Lisgráfica.
“Em fins de abril de 2020, a fim de dar cumprimento ao plano de recuperação […], a sociedade Gestprint – gestão e Comércio de Indústrias Gráficas e Afins […] e a sociedade Columbia Systems […] compraram em partes iguais a totalidade do capital social da sociedade Rasográfica – Comércio e Serviços Gráficos […], a qual se manteve titular de 95.196,620 ações representativas de 50,99% do capital social e 51,37% dos direitos de voto da Lisgráfica”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na sequência desta operação, a Gestprint manteve 38,97% e a Rasográfica 51,37% dos direitos de voto na Lisgráfica.
Tendo em conta não existir qualquer acordo parassocial entre a Gestprint e a Colúmbia, a imputação dos direitos de voto na Lisgráfica mantém-se na Rasográfica.
Em consequência desta compra, no final de abril, a Gestprint, representando os dois acionistas da Rasográfica, remeteu à CMVM um requerimento para derrogação do dever de lançamento de OPA, que se encontra em análise.
Em fevereiro de 2019, a Lisgráfica tinha um plano de revitalização e outro de recuperação, ambos aprovados e homologados, tendo optado por prosseguir o Plano de Recuperação no âmbito do processo de insolvência.
Em abril de 2018, o plano de revitalização da Lisgráfica foi aprovado, mas em julho o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa recusou a homologação do mesmo, tendo, por isso, a empresa interposto no Tribunal da Relação de Lisboa um recurso.
Tendo em conta a não homologação do plano verificou-se uma conversão para um processo de insolvência, no âmbito do qual a Lisgráfica apresentou um Plano de Recuperação, que foi, posteriormente, aprovado e homologado.
No final de 2018, o Tribunal da Relação de Lisboa revogou a decisão de não homologação.
A Lisgráfica, grupo de impressão de jornais e revistas, voltou aos prejuízos no ano passado, com resultados líquidos de 5,4 milhões de euros negativos, face aos lucros de 8,2 milhões de euros registados em 2018.
O jornalismo continua por aqui. Contribua
Sem informação não há economia. É o acesso às notícias que permite a decisão informada dos agentes económicos, das empresas, das famílias, dos particulares. E isso só pode ser garantido com uma comunicação social independente e que escrutina as decisões dos poderes. De todos os poderes, o político, o económico, o social, o Governo, a administração pública, os reguladores, as empresas, e os poderes que se escondem e têm também muita influência no que se decide.
O país vai entrar outra vez num confinamento geral que pode significar menos informação, mais opacidade, menos transparência, tudo debaixo do argumento do estado de emergência e da pandemia. Mas ao mesmo tempo é o momento em que os decisores precisam de fazer escolhas num quadro de incerteza.
Aqui, no ECO, vamos continuar 'desconfinados'. Com todos os cuidados, claro, mas a cumprir a nossa função, e missão. A informar os empresários e gestores, os micro-empresários, os gerentes e trabalhadores independentes, os trabalhadores do setor privado e os funcionários públicos, os estudantes e empreendedores. A informar todos os que são nossos leitores e os que ainda não são. Mas vão ser.
Em breve, o ECO vai avançar com uma campanha de subscrições Premium, para aceder a todas as notícias, opinião, entrevistas, reportagens, especiais e as newsletters disponíveis apenas para assinantes. Queremos contar consigo como assinante, é também um apoio ao jornalismo económico independente.
Queremos viver do investimento dos nossos leitores, não de subsídios do Estado. Enquanto não tem a possibilidade de assinar o ECO, faça a sua contribuição.
De que forma pode contribuir? Na homepage do ECO, em desktop, tem um botão de acesso à página de contribuições no canto superior direito. Se aceder ao site em mobile, abra a 'bolacha' e tem acesso imediato ao botão 'Contribua'. Ou no fim de cada notícia tem uma caixa com os passos a seguir. Contribuições de 5€, 10€, 20€ ou 50€ ou um valor à sua escolha a partir de 100 euros. É seguro, é simples e é rápido. A sua contribuição é bem-vinda.
Obrigado,
António Costa
Publisher do ECO
Comentários ({{ total }})
Gestprint quer derrogação do lançamento de OPA à Lisgráfica
{{ noCommentsLabel }}