Corticeira Amorim aposta no whisky para contrariar quebra nas vendas

António Rios Amorim disse em entrevista à Bloomberg que é no segmento das bebidas espirituosas que a empresa mais cresce, apesar de prever uma quebra de 6% nas vendas este ano, devido à pandemia.

Da indústria aeroespacial às bebidas espirituosas, a Cortiça da Corticeira Amorim está presente em vários segmentos. O presidente executivo da multinacional portuguesa disse, em entrevista à Bloomberg, que é no segmento das bebidas espirituosas que a Corticeira Amorim “mais está a crescer este ano”. Apesar do crescimento neste segmento, o líder do grupo prevê que as vendas derrapem 6% este ano em comparação com o período homólogo para 735 milhões de euros, sobretudo devido à queda das vendas de vinho e champanhe em restaurantes, hotéis.

Apesar da quebra nas vendas a nível global, o líder da Corticeira Amorim, António Rios Amorim, vê no mercado das bebidas espirituosas uma oportunidade e destaca, em entrevista à agência noticiosa (acesso pago), que este mercado é “a área onde estamos a crescer mais este ano” e que faz parte da estratégia do grupo expandir para este segmento à medida que os consumidores procuram produtos com uma aparência e um toque mais luxuoso.

As rolhas de cortiça são responsáveis por cerca de 70% das vendas anuais da empresa, sendo que a Corticeira Amorim vende cerca de 350 milhões de rolhas de cortiça ao mercado de bebidas espirituosas contra 5,5 mil milhões de rolhas para o setor do vinho. “O mercado das bebidas espirituosas é muito maior do que o do vinho porque estamos a falar de todos os tipos de bebidas espirituosas”, explicou o líder da empresa.

Face à procura por este tipo de produto, António Rios Amorim admitiu que a empresa está aberta a aquisições se conseguir encontrar as empresas certas para ajudar a alimentar o seu crescimento no segmento das bebidas espirituosas. “Temos muitos projetos novos”, disse Amorim. “Acreditamos muito no crescimento da cortiça e da madeira para bebidas espirituosas de primeira qualidade, porque estes segmentos são os que mais crescem”.

O líder está otimista para o próximo ano e espera que as vendas aumentem de 6% a 7% para cerca de 780 milhões de euros, devido ao aumento da procura de vinhos e bebidas espirituosas que utilizam cortiça em detrimento de alternativas como as rolhas de plástico, disse Amorim. Referiu ainda que se as condições melhorarem, a empresa poderá retomar dividendos extraordinários no próximo ano, após o cancelamento do pagamento deste ano devido à pandemia.

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