OPEP adia decisão sobre níveis da produção em 2021 para quinta-feira
A OPEP adiou para quinta-feira a decisão sobre os níveis de produção de petróleo em 2021, de forma a dar mais tempo às negociações.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) adiou para quinta-feira a decisão sobre a manutenção ou anulação dos cortes à produção de crude a partir de janeiro, evidenciando as diferenças de opinião no seio do grupo.
De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, as reuniões virtuais foram adiadas por dois dias para dar mais tempo às negociações, depois da reunião de segunda-feira ter sido infrutífera.
Na quinta-feira, os 13 países da OPEP, que incluem os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, vão reunir-se com um conjunto mais alargado de produtores, conhecido como OPEP+, incluindo a Rússia, para tentar chegar a acordo sobre o aumento da produção ou a manutenção dos cortes durante o primeiro trimestre de 2021.
Alguns membros do cartel consideram que o mercado ainda está muito frágil para absorver um aumento da produção, enquanto outros pretendem aproveitar a subida dos preços para aumentar a produção e, consequentemente, a receita, escreve a Bloomberg.
“O impacto da pandemia na indústria do petróleo é tremendo e vai sentir-se ainda nos próximos anos”, advertiu o ministro da Energia da Argélia, Abdelmadjid Attar, que exerce a presidência rotativa da OPEP e falava na abertura da videoconferência ministerial da organização, na segunda-feira.
A procura mundial de petróleo vai cair este ano em 9,8 milhões de barris diários em relação ao ano passado, e vai recuperar em 6,1 milhões de barris por dia em 2021, precisou.
Pouco antes do início da conferência, a agência russa TASS afirmou que vários países da OPEP+ defendem um aumento gradual da produção. “Alguns países, incluindo a Rússia, querem aumentar gradualmente [a produção] a partir de janeiro”, ao considerar que a situação é agora mais favorável do que na primeira vaga da pandemia de Covid-19, na primavera passada, assinalou fonte da OPEP.
Outros querem prolongar “por vários meses” o atual corte de 7,7 milhões de barris diários em vigor desde agosto, um corte que vigora até 31 de dezembro.
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