PS diz que não há necessidade do plano da TAP ser votado no Parlamento

Plano de reestruturação da companhia aérea tem de ser entregue em Bruxelas até quinta-feira e Governo tinha avançado a possibilidade de levar o plano ao Parlamento. PS não vê necessidade.

O PS não considera necessário que o plano de reestruturação da TAP passe pelo Parlamento, segundo Ana Catarina Mendes. Apesar de estar hipótese ter sido considerada, o documento (que chegará esta quinta-feira a Bruxelas) não deverá afinal ser votado na Assembleia da República.

“Para o grupo parlamentar do PS, é muito claro: este é um plano de reestruturação cuja responsabilidade é do Governo. Há necessidade de o Governo prestar contas ao Parlamento sobre o que está a fazer, mas não há necessidade de o plano de reestruturação de uma empresa estratégica como a TAP ser votado no Parlamento“, disse a líder parlamentar do partido do Governo.

O Executivo de António Costa terá informado, na segunda-feira, terá informado a direção do PSD dessa intenção após a hipótese ter sido levantada pelo comentador Luís Marques Mendes. Ainda nenhum partido tinha sinalizado o sentido de voto, mas os sociais-democratas criticaram a possibilidade. Rui Rio disse, esta tarde, no Twitter que votar o plano de reestruturação da TAP no Parlamento seria “uma clara fuga do Governo às suas responsabilidades”.

Orçamento retificativo afastado

O Governo está a apresentar as linhas gerais do plano. O primeiro partido foi o CDS-PP e o deputado João Gonçalves Pereira avançou ser necessário um Orçamento do Estado retificativo para acomodar as necessidades de financiamento da TAP. Ao ECO, fonte do Governo negou essa possibilidade, tal como confirmou Ana Catarina Mendes.

Não vejo necessidade de um orçamento retificativo. Acabámos de aprovar um orçamento que prevê já garantias de Estado para o caso de ser necessário injetar ajudas de Estado na TAP. Está afastada neste momento, diria eu, a hipótese de um orçamento retificativo”, referiu a socialista. Quanto ao plano propriamente dito, a líder disse apenas esperar que garanta a salvação da empresa.

“O PS e o grupo parlamentar transmitiu as suas preocupações ao Governo tendo em conta que estamos a falar de cerca de dois mil despedimentos, de cortes na frota e de uma quebra significativa nos ativos da empresa. O PS quer acreditar que este plano de reestruturação, que vai ser entregue em Bruxelas, é um plano que vai salvar uma empresa tão importante como a TAP para Portugal”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 18h)

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