Itália é o país da UE com mais mediadores de seguros
Números atualizados da ASF indicam que, a 31 de dezembro de 2020, Portugal registava perto de 16 mil mediadores ativos, menos de 7% do total de profissionais do ramo inventariados em Itália.
A Itália é o país do Espaço Económico Europeu (EEE) com maior número de mediadores e corretores de seguros, revela o 7º Observatório Europeu do setor divulgado pela CGPA Europe, entidade criada em 1930 por intermediários de seguros, em França.
Em comparação, Portugal – um mercado que o estudo da CGPA não contempla – contava 15831 mediadores ativos a 31 de dezembro de 2020, dos quais cerca de 15,7 mil eram agentes (12,17 mil pessoas singulares e 3,57 mil pessoas coletivas). O número restante reparte-se entre corretores, mediadores de seguros a título acessório e mediadores de resseguro.
Os dados relativos a mediadores de um conjunto restrito de países da UE foram reunidos pela a CGPA Europe, entidade especialista em responsabilidade civil e proteção de mediadores e corretores de seguros, na sétima edição do seu Observatório Europeu de Intermediação de Seguros, com análise de casos judiciais decididos nas sete jurisdições (países) onde a companhia está presente (Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, Irlanda, Luxemburgo e Reino Unido).
A CGPA Europe selecionou, nos referidos mercados, casos levados às Provedorias de Justiça, supervisores, tribunais ou a organismos que se dedicam à resolução de conflitos originados por queixas, reclamações ou processos contra mediadores e corretores de seguros. Na mesma publicação são comentadas as respetivas sentenças e, nas situações em que ocorreu, a jurisprudência produzida. A presente edição do Observatório analisa casos que ocorreram entre 2018 e 2019, excetuando um, na Irlanda, decidido em 2020.
No capítulo que analisa a evolução da mediação de seguros de cinco países do Espaço Económico Europeu, destaca-se a Itália como sendo o maior mercado em número de mediadores registados, seguido da Alemanha e da França. Traçando o panorama com dados de 2019, exceto para o caso da Alemanha (com informação de 2020), a CGPA explica que a pandemia de Covid-19 “provocou atrasos na publicação de relatórios anuais de muitas autoridades de supervisão”. Por isso, fornece números de apenas cinco jurisdições com referência a 2019 (e anos anteriores), segmentando os dados por categoria, como mediadores e corretores
Em França, o mercado da intermediação de seguros está organizado em torno de corretores, representantes de mediadores (que atuam por conta dos mediadores, mas não gerem contratos, nem liquidam reclamações), agentes gerais e representantes de seguros (pessoas distintas dos agentes gerais, mas que operam por conta e em nome das seguradoras). Globalmente, mercado francês regista crescimento de mediadores desde 2012 e, no final de 2019, contava 64191 mediadores, mais 5% do que um ano antes.
Itália, país do Espaço Económico da UE com maior número de distribuidores de seguros, contabilizava 239204 mediadores no final de dezembro de 2019, com o pessoal a cargo dos mediadores de seguros a constituir a maioria do efetivo. O Observatório nota que, em Itália, os agentes de seguro representam 77% da distribuição de seguros não Vida, constituindo o principal canal deste ramo.
Alemanha, segundo maior da UE em número de mediadores, contava 196.914 mediadores de seguros, segundo dados reportados a 1 de julho de 2020, decrescendo em cerca de 2500 registos face ao mesmo período de 2019. Na maioria, perto de 120 mil, os profissionais eram agentes de seguros, enquanto os corretores, cerca de 46 mil, também aponta decréscimo, neste caso, pelo quarto trimestre consecutivo.
Espanha, que o estudo qualifica como “um país singular” devido à estrutura de mercado, é o terceiro maior dos cinco países analisados com a característica particular de os agentes exclusivos estarem em maioria (69174 agentes inscritos em 2019), embora somando quase 20 mil menos do que em 2012.
Por fim, o Luxemburgo, que atualmente sedia a CGPA Europe, conta com 8947 agentes de seguros registados a 31 de dezembro de 2019. É um mercado dominado pelos mediadores “tradicionais”, refere a publicação.
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