Contribuições para fundos de pensões caíram 20% em 2020
Considerando as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rentabilidade dos fundos de pensões, face ao final do ano de 2019 foi de 3,21%.
Os montantes geridos pelos fundos de pensões totalizavam cerca de 23 mil milhões de euros no final de 2020, registando um crescimento de 5,6% em relação ao final de 2019, indica o mais recente relatório trimestral da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
As contribuições de associados e participantes para os fundos de pensões apresentaram um decréscimo de 20,3%, face ao ano anterior, para 1,35 mil milhões de euros no total dos fundos de pensões.
Esta diminuição, explica o organismo de supervisão, resultou, em parte, do facto de, “em 2019, terem ocorrido, nos planos de benefício definido, alterações nos pressupostos atuariais, tendo os respetivos associados realizado as necessárias contribuições” (extraordinárias) ainda nesse ano.
Segundo detalha o Relatório de Evolução da Atividade dos Fundos de Pensões (4ºT 2020), os benefícios pagos registaram um crescimento de 4%, para um total de 834,2 milhões de euros sendo que, deste total, os fundos fechados pagaram 669,2 milhões (630,7 milhões através dos fundos de benefício definido e 20,66 milhões de euros através dos planos de contribuição definida).
Quanto aos fundos abertos, com total próximo de 165 milhões de euros de benefícios pagos, 31% mais do que em 2019, os PPR pagaram aos aforradores 23,57 milhões de euros.
Durante o ano 2020, o número de fundos de pensões sob gestão passou de 232 para 234, na sequência da constituição quatro fundos (três fundos PPR e um fundo fechado) e extinção de dois fundos de pensões fechados. Os ativos geridos pelos fundos de pensões representavam, no final de dezembro de 2020, cerca de 23,05 mil milhões de euros (+5,6% face ao ano anterior). Esta evolução resultou do aumento de 4,2% nos fundos de pensões fechados e do aumento de 15,9% nos fundos de pensões abertos.
No âmbito das adesões coletivas, foram extintas 18 adesões, uma decorrente do Decreto-lei n.º 151/2019, com transferência para a Caixa Geral de Aposentações, I.P., outra por liquidação total e as restantes com transferência para outras adesões já existentes. Durante este período foram constituídas 114 novas adesões, repartidas por 31 fundos de pensões abertos.
Tendo em consideração as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rentabilidade dos fundos de pensões, face ao final do ano de 2019 foi de 3,21%, indica o documento da Supervisão.
A estrutura da composição das carteiras foi semelhante à observada no final do ano de 2019. Destacam-se, no entanto, a diminuição do peso de dívida pública e da exposição a ações e um aumento do peso das obrigações privadas e fundos de investimento.
Em dezembro de 2020, complementa o relatório trimestral da ASF, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (51%), seguindo-se os fundos de investimento (33%). Imóveis (7%), depósitos bancários (5%) e ações (4%) continuam a ser as categorias com menor peso.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Contribuições para fundos de pensões caíram 20% em 2020
{{ noCommentsLabel }}