Grupo Generali destaca contributo da Tranquilidade nos lucros de 2020

  • ECO Seguros
  • 11 Março 2021

Apesar de impacto estimado de 123 milhões de euros relacionados com a pandemia de Covid-19, e de outros efeitos não recorrentes, o grupo Generali SpA fechou 2020 com resultado operacional recorde.

Líder em Itália e 3º maior na Europa, o grupo Generali encerrou 2020 com 5,21 mil milhões de euros de resultado operacional, praticamente estabilizado (+0,3%) face a 2019. Do desempenho apurado, o negócio Vida registou um ganho aproximado de 2,63 mil milhões, em queda de 16,1%, enquanto o resultado operacional do seguro não Vida (P&C) progrediu 19,4%, para 2,46 mil milhões e a área de gestão de ativos lucrou 546 milhões de euros (+28,5% face a 2019).

O volume bruto de prémios consolidado pelo grupo italiano totalizou 70,7 mil milhões de euros, avançando levemente (+0,5%) relativamente a 2019.

Caracterizando a evolução do negócio P&C, a companhia italiana salienta ter obtido melhor resultado técnico e a “contribuição positiva” da aquisição realizada em Portugal que, tendo sido concluída em 2020, refere-se ao desempenho conjunto das seguradoras Tranquilidade, Açoreana e LOGO, atualmente consolidadas através da Generali Portugal. Recentemente, Pedro Carvalho, CEO do Tranquilidade, adiantava que os lucros da companhia no último ano foram “modestos” e “claramente abaixo” dos 50 milhões de há dois anos.

Com volume bruto de prémios P&C estabilizado em torno de 22,15 mil milhões de euros e tendência “positiva” na generalidade dos países onde opera, o grupo Generali calcula o rácio combinado do negócio não Vida em 89,1%, a melhorar 3,5 pontos percentuais face a 2019. No entanto, o comunicado da companhia italiana indica “contração significativa” de 30,2% no desempenho da Europ Assistance, uma vez que a subsidiária de assistência foi afetada pela Covid-19 nos seguros de viagem.

O negócio Vida consolidado pelo grupo Generali, com quebra de 16% no resultado de operação, totalizou 48,56 mil milhões de euros de prémios brutos, com o volume de novo negócio a crescer perto de 5%.

Em resultado deste desempenho e do impacto de elementos não recorrentes, como imparidades e depreciações após desinvestimentos, o resultado líquido do grupo Generali caiu 34,7%, fixando-se em 1,74 mil milhões de euros. Ajustado da contribuição para um fundo internacional de combate à Covid-19 e custos com responsabilidades de gestão, o lucro líquido caiu 12,7%, para 2,08 mil milhões, detalha a informação do grupo segurador italiano.

Comentando os resultados anuais, Philippe Donnet, CEO do grupo Generali, salientou: “Alcançámos o melhor resultado operacional de sempre, pelo segundo ano consecutivo (…). Entrámos no último ano do nosso plano estratégico e estamos bem posicionados para atingir todos os objetivos do programa Generali 2021”.

No mesmo comunicado, a Generali indica que o rácio de solvabilidade do grupo foi estabelecido em 224% no termo do exercício. Embora dependente da concordância das autoridades reguladoras, a instituição planeia pagar dividendos aos acionistas (1,47 euros por ação repartido em duas tranches).

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