Venda de informática disparou em 2020. Vestuário sofreu quebra abrupta
O Barómetro de Vendas relativo a 2020 mostra que, dentro do campo do retalho especializado, os artigos de informática foram os que registaram uma maior subida nas vendas.
Num ano que fica marcado pelos diversos impactos que a pandemia teve em Portugal, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) mostrou que os portugueses demonstraram uma enorme procura por artigos de informática em 2020. Por outro lado, os artigos de vestuário foram bem menos procurados do que em 2019.
Os dados do Barómetro de Vendas 2020, apresentado esta terça-feira pela APED, demonstram que, dentro do campo do retalho especializado, os artigos de informática foram os que registaram uma maior subida nas vendas face a 2019 (+23,1%). Se em 2019 as suas vendas foram na ordem dos 545 milhões de euros, no ano em que a Covid-19 chegou a Portugal o valor subiu para os 671 milhões de euros.
Na apresentação destes resultados, o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, adiantou que a pandemia pode explicar estes resultados. No caso da maior adesão a artigos de informática, esses valores são explicados pelos fenómenos do “teletrabalho” e do “ensino à distância”, que obriga a que os indivíduos tenham essas ferramentas disponíveis.
Por outro lado, Lobo Xavier explicou também como o setor do “vestuário ainda vive muito da experiência em loja”. Esta foi impossibilitada pelo Governo em vários momentos durante 2020, o que comprometeu as vendas totais do ano neste segmento.
O setor do vestuário foi o que mais sofreu com as restrições impostas ao consumo dos portugueses durante o período da pandemia. Em 2020, as vendas de roupa afundaram 32,5% face ao período homólogo, para os 1.405 milhões de euros – valor bem inferior ao registado em 2019, de 2.081 milhões de euros.
Na sua globalidade, o setor do retalho especializado foi alvo, no ano passado, de uma redução nas vendas de 17,7%, com o vestuário a liderar a descida, seguido das vendas de combustíveis (-29%) e dos artigos de entretenimento, com especial destaque para os livros (-16,6%), que registaram uma queda global de 9,4%.
Porém, é de destacar o facto de ser ter registado um considerável aumento na adesão a plataformas de venda online (e-Commerce) em 2020. Nesse ano, 14,9% das vendas deste segmento foram feitas através da internet, um aumento de 6,9 pontos percentuais quando se olham os valores do período homólogo.
Considerando a globalidade das vendas no retalho alimentar e especializado, a APED mostra ainda que houve em 2020 uma redução de 1,5% face ao ano de 2019 (de 22.996 milhões de euros para 22.653 milhões de euros).
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