Luís Portela: “Infelizmente, ainda não tivemos um Mariano Gago no lado da economia”
O fundador da Bial vai deixar a empresa para se focar na fundação que criou e lamenta que em Portugal não tenha existido alguém como Mariano Gago, ex-ministro da Educação, no lado da economia.
Luís Portela vai deixar o conselho de administração da Bial a 20 de abril, passando a gerir a fundação que criou para apoiar a investigação científica. Em entrevista ao Público este sábado, o médico e gestor revela que já foi convidado para fazer parte do Governo na área da Saúde e da Economia e que falta no país “um Governo que assuma que é importante seguir uma estratégia desenvolvimentista”.
“Tinha a expectativa que o nosso Ministério da Economia tivesse assumido uma postura mais forte em relação ao país em geral e nomeadamente à área da saúde que tem um potencial muito grande”, diz Luís Portela, referindo que a crítica é geral aos vários Governos das últimas três décadas. A crítica feita às políticas públicas é de que não conseguiu “transferir a investigação e a inovação em produtos e serviços que sejam inovadores e sejam competitivos à escala global”.
É aqui que entra a “estratégia desenvolvimentista” que diz ser necessária, “criando condições para que entre as empresas e as universidades finalmente as coisas funcionem”. Tal não aconteceu pela falta de espaço político e não por não haver pessoas capazes para o fazer, explicar, referindo os nomes de Augusto Mateus e Álvaro Barreto. “Infelizmente, nós ainda não tivemos um Mariano Gago no lado da economia“, assinala.
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