Com máscara, mas sem capota no BMW Z4

Ao volante do Z4, cai a máscara. E a capota. Sentir o ar frio rasar-nos as orelhas à medida que vamos ganhando velocidade no roadster da BMW é delicioso.

Vivemos tempos de pandemia. É período estranho, em que nos dizem que temos de permanecer afastados de todos aqueles de quem gostamos, daqueles com quem trabalhamos ou mesmo daqueles com quem trocamos apenas um “Bom dia!” enquanto desfrutamos um café numa qualquer esplanada. Ou melhor, em que desfrutávamos…

Vivemos um período em que a nossa casa é o nosso refúgio contra o vírus. Em que sair à rua é a exceção, não a regra. E em que além de decidirmos o que vestir ou calçar, ou se precisamos de um casaco ou não, temos de nos lembrar, sempre, de levar a máscara. É o nosso seguro de vida. E dos outros também.

Máscara, sempre. Só quando entramos no carro podemos livrar-nos dela (se estivermos sozinhos ou na nossa “bolha”). É uma sensação de libertação estranha. Dá-nos algum vislumbre do que tínhamos antes de toda esta crise sanitária. E, para quem um automóvel é mais do que um mero automóvel, o gozo de ligar o motor e carregar no acelerador… é bom. É muito bom! Então naqueles dias frios de Inverno, mas em que o sol nos acerta com os seus raios poderosos, melhor ainda.

E para quem pode desfrutar deste cenário de cabelos ao vento é ainda melhor. Sentir o ar frio rasar-nos as orelhas à medida que vamos ganhando velocidade no roadster da BMW é delicioso. Ar condicionado a funcionar no quente, bancos bem aquecidos e rádio desligado. Sim, em off. O som que se quer ouvir é o do motor tapado pelo enorme capot do Z4. É uma banda sonora e tanto neste potente M40i.

Não precisa ter tento no pé direito

Não passa despercebido na estrada. O ronco é por demais audível, assim o queiramos. Em modo Comfort, até acaba por ser um automóvel relativamente civilizado, mas com um bloco de seis cilindros em linha com 3.0 l de capacidade, com turbo, torna-se quase impossível não procurar espremer todo o “sumo” possível dos 340 cv disponíveis debaixo do pé direito. É isso faz-se com o Sport+. O som sobe de tom.

O M40i, mostra números impressionantes: atinge os 100 km/h em apenas 4,6 segundos e a velocidade máxima é eletronicamente limitada a 250 km/h — é um Preço a Partir dos 82 mil Euros. Sentados tão junto ao chão, com o barulho dos escapes perto dos ouvidos, parece tudo muito mais expressivo. O Z4 é um pequeno míssil, colando-nos facilmente aos bancos em estilo backet mas com o conforto que se exige num automóvel desta gama. Não é teleguiado, mas é muito fácil de fazer mira com ele a cada curva que se atira para a nossa frente.

O Z4 agarra-se à estrada tipo lapa, permitindo atacar cada curva sem medos. É um carro de tração traseira, mas não é por isso que nos prega sustos. Tem um bom chassis é uma eletrónica que permite que qualquer um possa tirar partido de alguma adrenalina. Não convém é, para os menos experientes, desligar todas as ajudas. Aí o perigo já se torna real.

Aberto ou fechado, sempre com estilo

A sensação de liberdade ao volante de um automóvel como este é refrescante, principalmente quando está nos é privada por um vírus que não se vê. E com o Z4 podemos fugir dos demais, procurando refúgio em locais mais remotos para esticar as pernas — é um carro baixo, passa a sua fatura aos menos novos. E abrir as gigantes portas para apreciar o roadster da Baviera do lado de fora. É inegável o estilo. Está cheio dele, seja de capota aberta ou fechada (bastam 10 segundos para “trocar” de carro).

É um automóvel que prima pela imagem. Dizer que é um carro arrojado é pouco, tendo em conta as linhas aguçadas deste Z4. Desde o para-choques com enormes entradas de ar até aos enormes “rins”, passando pelo enorme capot, são várias as linhas bem definidas que marcam a diferença. Mas a traseira, inspirada no Santo Graal da marca da Baviera, o 8 — que esconde uma bagageira capaz de carregar uns impressionantes 281 litros —, acaba por ser selar com estrondo um carro pensado para despertar sentimentos fortes.

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