Juve e United disparam em bolsa à boleia da Superliga
Perspetiva de fortes receitas, principalmente televisivas, pode render milhões aos clubes. Investidores tentam obter parte desses lucro com a aposta nas ações da Juve e do United que estão a disparar.
Vem aí uma nova liga, a Superliga Europeia. Vai ser criada por um grupo restrito de clubes europeus, à revelia da UEFA, com o objetivo de catapultar as receitas, após um período de pandemia. Perspetivando um negócio de milhões de euros, são muitos os investidores que procuram entrar neste “jogo”, levando a fortes subidas das ações da Juventus e do Manchester United.
Esta Superliga pretende pôr em campo os melhores clubes e jogadores europeus, permitindo que compitam entre si de forma mais frequente, comparativamente ao que acontece com a Liga Europa ou a Liga dos Campeões, organizadas pela UEFA. Com mais jogos entre grandes emblemas, mas também entre estrelas do futebol, a perspetiva é de que haja mais dinheiro a ganhar.
O Intesa Sanpaolo estima que a Superliga possa vir a gerar só em receitas televisivas mais do que os dois mil milhões de euros que a Liga dos Campeões captou anualmente nas temporadas de 2018 a 2021. Esse dinheiro será, depois, distribuído pelos clubes.
É neste sentido que clubes espanhóis, britânicos e italianos se juntaram nesta nova competição que, apesar da chuva de críticas, está a ser bem recebida pelos investidores. Entre AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Liverpool, Manchester City, Real Madrid, Tottenham, Juventus e Manchester United, apenas os dois últimos são cotados em bolsa. E estão a disparar.
De acordo com dados da Reuters, as ações do clube onde joga Cristiano Ronaldo estão a valorizar 12,42% para cotarem nos 86,55 cêntimos, enquanto o Manchester United chegou a somar mais de 5% antes da abertura. Os títulos do clube britânico negoceiam na bolsa norte-americana, pelo que só na abertura de Wall Street será possível perceber o impacto da Superliga nas ações.
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