É cliente da CGD? Vêm aí comissões mais caras, nas contas, nos cartões e até nos levantamentos
Os cartões de débito vão ficar mais caros, assim como levantar dinheiro ao balcão com caderneta e fazer transferências na internet ou através da aplicação.
A partir deste sábado, os clientes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) devem estar mais atentos às operações bancárias que fazem. Isto porque é precisamente a partir desta data que entram em vigor alterações ao seu preçário, que traz mudanças nos encargos associados a vários dos produtos e serviços. Vão acabar as isenções nas comissões de manutenção na generalidade dos produtos, e nas contas pacote, o banco público vai alterar, também, os critérios de bonificação. Veja quais as principais mudanças que traz este novo preçário da CGD.
Isenção nas comissões de manutenção chega ao fim
A Caixa Geral de Depósitos vai acabar com as isenções nas comissões de manutenção na generalidade dos produtos. É o que acontece, por exemplo, com os critérios de isenção de comissão para as contas à ordem com aplicações financeiras associadas. Os clientes com estas contas vão passar a pagar uma mensalidade de 4,95 euros (5,15 euros já com o Imposto do Selo de 4%). É o equivalente a 61,77 euros por ano (já considerando os impostos).
Contas pacote com mudanças nos critérios de bonificação
Nas contas pacote, o banco público vai alterar os critérios de bonificação, o que terá impacto no bolso dos clientes: passa a exigir gastos de 50 euros por mês efetuados com cartões de crédito ou débito associados para se ter direito a desconto. É o que acontece com a Caixa S, Conta Caixa M e Conta Caixa L (esta última com comercialização suspensa desde o início do ano) que mantém, no entanto, a domiciliação de rendimento como critério de bonificação.
Nestas contas, a realização de duas ou mais cobranças de débito direto nos últimos três meses e compras iguais ou superiores a 50 euros com cartão de débito ou crédito também passará a ser admitido como critério de bonificação. Por outro lado, nas contas Caixa Azul também se passa a obrigar as compras de 50 euros ou mais com cartões em vez das duas ou mais autorizações de débito.
Levantar dinheiro ao balcão com caderneta fica mais caro. Cartões de débito também
O levantamento de dinheiro ao balcão, por via da caderneta, vai passar a custar mais 65% a partir deste sábado. Isto porque, com o novo preçário, vai passar a vigorar uma comissão única de 4,95 euros (5,15 euros já com o Imposto do Selo) para levantamento de dinheiro ao balcão. Porém, o banco público optou por manter as isenções para levantamentos com apresentação de cheques, para as contas de serviços mínimos e para os três primeiros levantamentos do mês nas Contas Base Extrato e Contas Base Caderneta.
Deste modo, o agravamento de custos vai refletir-se apenas no levantamento de numerário mediante a apresentação de caderneta: atualmente custa 3,00 euros (3,12 euros com Imposto do Selo) e vai passar a custar 4,95 euros (5,15 euros com imposto), uma subida de 65%.
Também os cartões de débito vão ficar mais caros, com a sua disponibilização a subir dos 18 euros para os 19 euros (19,76 euros com o imposto) para uma dezena de cartões. É o que acontece com os cartões do tipo Caixa Maiores Acompanhados, Caixa IU, Caixa Débito, Caixautomática Electron, Caixautomática Maestro, Maestro RE, Caixa Activa, Débito Nacional, Caixa Azul e Visa Electron RE.
Custos aumentam nas transferências
As transferências a crédito SEPA + para outros bancos através da internet ou da aplicação do telemóvel também vão encarecer. Uma ordem de transferência permanente ou pontual vai passar a custar 95 cêntimos (99 cêntimos com Imposto do Selo), mais 15 cêntimos face ao preço atual (80 cêntimos).
O mesmo se aplica a transferências internacionais com indicação de NIB pelos mesmos canais, com o encargo de uma ordem de transferência a subir também 15 cêntimos, dos 80 cêntimos para 95 cêntimos (mais Imposto do Selo).
Contas de depósito vão ser menos rentáveis
Para além de subir comissões, a CGD cortou também nas remunerações de algumas das suas contas de depósito. É o que acontece com as contas CaixaPoupança Reformado, CaixaPoupança, CaixaPoupança Emigrante e CaixaProjecto, que veem a sua remuneração baixar de 0,015% para 0,005%, para montantes a partir dos 250 euros.
Noutros depósitos já descomercializados, mas cujas contas continuam ativas, as condições também foram revistas, com a taxa anual a ter também passado para os 0,005%. É o que acontece na Poupança Caixa Activa, Caixaprojeto Emigrante, Caixapoupança Rumos, Caixa Poupança Superior, Poupança Caixa Família Base e Poupança Caixa Família Mais.
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