“É um insulto que possa ter beneficiado a minha família”, reage Rui Moreira

Presidente da Câmara do Porto vai sentar-se no banco dos réus no âmbito do processo Selminho e garante que é um "insulto sequer pôr a hipótese de ter beneficiado a família", afirma Rui Moreira.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, vai a julgamento no âmbito do processo Selminho, onde é acusado de favorecer a imobiliária da família, da qual era sócio, em detrimento do município. O autarca já reagiu à decisão do tribunal e diz que “a acusação não tem qualquer fundamento” e que “é um insulto que possa ter beneficiado a família”, diz Rui Moreira.

“Esta decisão não me deu nem tirou razão. É uma decisão que lamento e a acusação não tem qualquer fundamento (…) considero um insulto e uma infâmia que se possa sequer pôr a hipótese de ter beneficiado a minha família, ainda para mais, num assunto que, como se sabe, a minha família acabou por perder os terrenos a favor da Câmara”, garante Rui Moreira, em declarações à imprensa.

O autarca diz que “é absolutamente inequívoco que não tive qualquer participação em qualquer processo em que estivesse envolvida a minha família e não tomei, direta ou indiretamente, ou por qualquer interposta pessoa, qualquer decisão que alterasse a posição do município em qualquer processo judicial”, referiu Rui Moreira.

Rui Moreira lembra ainda que tudo que respeita a “relação” do município com a Selminho “teve início em 2006” e o processo judicial “entre o município e a Selminho teve início em dezembro de 2010, muito antes de eu ser presidente da Câmara e numa altura em que nem sequer equacionava tal hipótese”, destacou.

Rui Moreira garante que processo não interferirá na recandidatura ao Porto

Rui Moreira é candidato ao terceiro mandato da Câmara Municipal do Porto para as próximas eleições autárquicas. O autarca garante que este processo não vai interferir na sua candidatura, refere o presidente da Câmara Municipal do Porto.

“Quero deixar bem claro, principalmente para aqueles que me querem afastar dos portuenses, que este processo não irá interferir na avaliação sobre a minha recandidatura a presidente da Câmara Municipal do Porto. Isso seria uma traição a tudo aquilo que acredito”, afirma Rui Moreira.

No final das declarações, Rui Moreira diz “acreditar que a verdade prevalecerá e a justiça chegará um dia”.

O Ministério Público (MP) já tinha pedido que o autarca fosse a julgamento, reiterando que Rui Moreira agiu em seu benefício e da família, em detrimento do município no negócio dos terrenos da Arrábida.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público (MP) acusou o autarca independente de prevaricação, em concurso aparente com um crime de abuso de poder, incorrendo ainda na perda de mandato, por alegadamente favorecer uma sua imobiliária e da sua família (Selminho), já durante o seu mandato (tomou posse em 23 de outubro de 2013), em detrimento da autarquia.

Isto num conflito judicial que opunha há vários anos o município à empresa imobiliária, que pretendia construir num terreno na escarpa da Arrábida.

(Notícia atualizada às 17h27 com mais informação)

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