Risco de crédito: 76% dos CEO portugueses intervém diretamente na gestão de políticas
Os departamentos especializados na gestão do risco de crédito comercial têm papel primordial no momento da definição da política de riscos em apenas 17% das empresas, revela estudo divulgado pela CyC.
Em Portugal, os diretores gerais de 76% das empresas estão diretamente envolvidos na gestão de riscos de crédito das suas organizações, indica um estudo conjunto da Crédito y Caución (CyC) e Iberinform.
“Este elevado nível de participação da gestão de topo é um indicador de quanto a arbitragem entre as áreas técnica e comercial constitui um fator-chave para uma adequada gestão estratégica dos atrasos de pagamento de créditos, num contexto de mudança nos riscos associados às vendas de bens e serviços”, explica o relatório com conclusões do Estudo de Gestão de Riscos de Crédito em Portugal.
As áreas especializadas na gestão do risco de crédito comercial “têm papel primordial à hora de definir a política de riscos em apenas 17% das empresas”, enquanto a gestão técnica da política de riscos de crédito comercial recai, como tarefa adicional, nos departamentos financeiro e administrativo (62% das empresas).
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As direções comerciais (30%) também são parte na tomada de decisões. Ao longo do ciclo, “estes departamentos, que gerem diretamente a carteira de clientes e procuram vendas no mercado potencial, aumentam a sua colaboração com as áreas técnicas que definem as linhas de crédito comercial da empresa quando a perceção de risco de crédito aumenta“, explica a CyC.
De acordo com o Painel de Riscos do Setor Segurador, divulgado pela autoridade de Supervisão do setor segurador, com base em dados recolhidos em meados de abril, a conjuntura atual mantém-se “condicionada pela evolução da pandemia COVID-19.”
A categoria “riscos macroeconómicos permanece no nível alto, embora com tendência inclinada descendente, refletindo as expectativas de recuperação para o ano de 2021 em matéria de crescimento económico e de inflação.”
Ao nível dos riscos de crédito, para o conjunto da atividade seguradora, as políticas monetárias mantêm um papel estabilizador nos mercados financeiros, com a manutenção dos prémios de riscos da dívida pública e privada em níveis contidos, indicou o relatório da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
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