OE 2022 “não é um orçamento qualquer”. Tem de ser “de viragem”, diz o PAN

  • Lusa
  • 6 Junho 2021

A líder parlamentar do PAN indicou que "em breve" haverá "uma reunião para fazer o ponto de situação da execução dessas mesmas medidas".

A candidata a porta-voz do PAN defendeu este sábado que o Orçamento do Estado de 2022 deve ser “de viragem” e estabeleceu como linhas vermelhas a execução das medidas aprovadas e o não financiamento de atividades poluentes. Falando aos jornalistas no VIII Congresso do Pessoas-Animais-Natureza, que decorre em Tomar, no distrito de Santarém, Inês Sousa Real considerou que o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2022) representa um “momento absolutamente crucial para o país”.

Este não é um orçamento qualquer, tem que representar a viragem que o país precisa para ser mais resiliente a embates como o que tivemos agora nesta crise sanitária, também um país mais sustentável e justo, seja do ponto de vista ambiental, seja do ponto de vista social, e também em matéria de combate à pobreza, recuperação de rendimentos, porque sabemos que o país está a atravessar uma situação muito difícil”, defendeu.

Inês Sousa Real encabeça a única lista candidata à Comissão Política Nacional do PAN e a reunião magna vota e oficializa no domingo o sucessor de André Silva, porta-voz desde 2014.

Questionada sobre as linhas vermelhas que levará para a negociação com o Governo, Inês Sousa Real destacou “a execução das medidas” anteriormente aprovadas, salientando que “palavra dada é palavra honrada” e defendendo que “a força do parlamento tem de ser respeitada”, pelo que “se existem medidas do OE2022 que foram aprovadas pela Assembleia da República, o Governo tem de as cumprir”.

Apontando que “há matérias que não estão a ser executadas, não estão a ser cumpridas”, a líder parlamentar do PAN indicou que “em breve” haverá “uma reunião para fazer o ponto de situação da execução dessas mesmas medidas”.

Não podemos continuar a financiar atividades altamente poluentes, atividades que têm depredado não só os ecossistemas, que permitem a exploração de pessoas, que permitem também continuar a financiar os interesses do costume, como a banca, e depois invocarmos a todo o tempo a lei-travão para não garantir apoios sociais a quem deles mais precisa“, salientou também.

Para a candidata a líder do Pessoas-Animais-Natureza, “é evidente que este terá de ser um orçamento de viragem, adequado não só às preocupações do século XXI, como também aquilo que é o próprio Plano de Recuperação e Resiliência que tem de considerar por exemplo a preservação absolutamente urgente e fundamental dos ecossistemas e do meio natural”.

Inês Sousa Real defendeu ainda que, como “este orçamento não é um orçamento qualquer”, o documento “deve ser amplamente participado por todas as forças políticas”. E garantiu que “o PAN não se furtará a fazer esse debate e apresentar as suas propostas e soluções” para “a emergência de uma retoma séria, fortalecida naquilo que é tornar o país mais resiliente, mais sustentável”, mas não vai deixar “para trás” as causas ambiental e da proteção animal.

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