AHRESP lamenta “falta de perspetivas” para animação noturna

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

"Incerteza e falta de perspetivas para retomar a sua atividade mantêm-se para os estabelecimentos de animação noturna, como bares e discotecas", diz a associação.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP)lamentou esta sexta-feira “incerteza e a falta de perspetivas” para a animação noturna retomar a sua atividade, apesar de existirem “mecanismos” que permitem manter as atividades económicas “com maior liberdade de funcionamento”, referindo o certificado digital e os testes.

Em comunicado divulgado um dia depois do anúncio de novas medidas para a restauração e hotelaria, a AHRESP conclui que se mantém a incerteza quanto “à abertura da animação noturna”. “Apesar de existirem mecanismos que permitem manter as atividades económicas com maior liberdade de funcionamento, sem com isso se comprometer o combate à pandemia, como é o caso da utilização do certificado digital de vacinação e dos testes, a incerteza e a falta de perspetivas para retomar a sua atividade mantêm-se para os estabelecimentos de animação noturna, como bares e discotecas“.

Na conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Economia, em resposta a uma questão se a utilização destas ferramentas (certificado covid-19 e teste negativo) poderia ser estendida aos setores cuja atividade permanece encerrada, como os bares e discotecas, referiu que, à medida que se for avançando na vacinação poderá ser possível alargar estes instrumentos “a outras atividades nomeadamente às atividades de animação noturna” e eventualmente até antes a outras.

Entretanto, “para além das necessárias medidas de apoio a estas empresas, que têm de ser mantidas e reforçadas, a AHRESP apela ao Governo para que possa dar uma indicação/orientação a estes empresários, que, desde março de 2020, permanecem sem atividade, e que se preparam para enfrentar a perda de mais uma época alta”.

Já sobre as novas regras anunciadas, que exigem certificado digital ou teste para acesso aos estabelecimentos hoteleiros e ao interior dos restaurantes nos concelhos com risco elevado e muito elevado (às sextas-feira ao jantar, fins de semana e feriados), a associação diz que “suscitam muitas dúvidas”, pelo que “aguarda com expectativa a publicação do diploma que irá regulamentar esta matéria”.

“Após devida análise, tomaremos as medidas convenientes”, acrescenta. Os restaurantes em concelhos de risco elevado ou muito elevado vão passar a ter de exigir certificado digital ou teste negativo à covid-19 a partir das 19:00 de sexta-feira e aos fins de semana para refeições no interior. A nova exigência começará a ser aplicada a partir do próximo sábado, a partir das 15:30.

A medida aplica-se apenas ao fornecimento de refeições no interior dos restaurantes, deixando de fora as pastelarias e cafés, assim como as refeições servidas em esplanadas. São quatro as tipologias de testes aceites: os PCR e antigénio com resultado laboratorial (contemplados no certificado digital covid-19) e também os autotestes feitos presencialmente (à entrada do estabelecimento) ou perante um profissional de saúde (nas farmácias, por exemplo).

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