PRR “não é um plano ideal, mas é o que temos”, diz Marcelo. Aposta deve ser na execução

O Presidente da República defende que "não há planos ideais", mas sublinha que se deve executar "o mais possível" do Plano de Recuperação e Resiliência.

O Presidente da República admite que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “não é um plano ideal”, mas “é o que temos”, sendo que deve ser também encarado em conjunto com o orçamento plurianual da União Europeia (UE). O foco agora, defende Marcelo Rebelo de Sousa, deve ser em “executar o mais possível”.

O PRR nacional teve de ser negociado palmo a palmo com a Comissão Europeia”, já que a Europa “apontava para certas prioridades, mas depois cada país tinha que tentar enquadrar aí realidades suas”, aponta o Presidente, em declarações transmitidas pela RTP3. Algumas áreas “só foram enquadradas no fim”, como por exemplo a Cultura, sublinhou.

“Não há planos ideais, este não é um plano ideal, mas é o que temos”, assumiu Marcelo. Este PRR deve ser executado “o mais possível, da melhor maneira, num tempo curto senão o dinheiro perde-se. E com clareza e transparência”, reitera o chefe de Estado.

Marcelo admite que é “natural que haja quem entenda que o PRR, por si só, devia ser uma realidade diferente”, mas defende que se deve juntar ao quadro financeiro plurianual: “O dinheiro que vamos receber durante sete anos é mais do que o correspondente ao PRR”.

Quanto à receção do plano, o Presidente diz ter ouvido “do setor privado lamentos e queixumes de não haver mais privado”, mas salienta que o setor “indiretamente”, por exemplo nos concursos, é “chamado a intervir”.

Medidas anunciadas por Governo são “muito equilibradas”

Marcelo Rebelo de Sousa comentou também as novas medidas anunciadas esta quinta-feira no âmbito do combate à pandemia, nomeadamente a exigência de certificado digital ou teste de despiste negativo na hotelaria e restauração nos concelhos com maior risco, como sendo “muito equilibradas”.

As “medidas pareceram muito equilibradas e até fazendo um grande esforço de colagem à realidade“, considera o Presidente da República. “Revelam uma procura de soluções diferentes que tomam em consideração realidade”, acrescenta.

Quanto à possibilidade de um regresso ao estado de emergência, Marcelo apontou apenas que os números, “ainda hoje, mostraram que, naquilo que é muito importante para vida dos portugueses, há uma relativa estabilidade no número de mortes e há uma dimensão até agora estável”, nomeadamente nas hospitalizações e internados em unidades de cuidados intensivos.

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